Nem
sempre podemos fazer e agir de acordo com as nossas vontades e
razões. Em certa ocasião que não dependia do meu querer nem das
minhas forças, fiquei trancado em minha casa com um desejo enorme de
ver a minha amada. Lembro-me que aquele sábado amanheceu colorido,
tão lindo que logo pela manhã já me fez sentir saudades dela. O
sol parecia mais brilhante, os pássaros anunciavam com seus cânticos
através das árvores do quintal que aquele dia seria diferente para
mim. E eu queria que fosse. Esperava sair com ela, passear, amar e
nos divertir. Queria que o tempo passasse depressa até o momento de
vê-la, mas depois de encontrá-la, queria que o tempo parasse. As
horas iam passando, aquele dia, que começara tão lindo, foi se
transformando. Os mais velhos diziam que quando parasse o vento, a
chuva viria. Eu não queria acreditar nesse ditado. Chover, não,
hoje não iria chover, pensei. O
dia começou a mudar. Eu comecei a mudar meus pensamentos. Precisa
então sair antes da chuva para ver a minha amada. Tomei o meu banho
apressadamente, no mesmo rítimo do tempo que já escurecia aquele
sábado tão lindo. A dúvida já havia invadido o meu coração:
será que ia dar tempo sair sem tomar toda aquela chuva que ameaçava
a cair? A
própria natureza respondeu com trovões e raios assustadores.
Consolado que fui ao me informarem que seria apenas uma chuva de
verão, passageira, resolvi esperar. Nunca imaginei que seria uma
longa espera. A tarde inteira e a noite daquele sábado, fiquei
esperando em vão a chuva passar. Nada
podia fazer. Inquieto, sem saber se onde ela estava também chovia,
meus pensamentos me atordoavam. E se ela não entendesse, o que eu
poderia fazer? Porque não saí antes da chuva, ela poderia me
perguntar. E naquela espera sem fim, nada me fazia desviar o
pensamento dela, foi quando já tarde da noite e sem nenhuma
esperança de poder sair, naquela noite, foi que escrevi essa longa
espera...para ela.
Hoje,
quando olhei em minha volta
percebi
que você não estava.
que
falta você me faz!
quero
que saibas meu amor
que
onde eu estiver, sem você
sinto
somente a solidão
mesmo
acompanhado
sem
você estarei sempre sozinho
você
faz parte do meu ser
você
está em mim e eu em você
somos
um pelo amor...
Vivo
esse desespero por instantes
mas
você na está
continuo
sozinho por que?
qual
a razão?
sem
você sinto-me perdido
sem
rumo, sem direção
já
não sei para onde caminhar...
Mesmo
juntos, todo o tempo
para
mim, é quase nada, preciso te encontrar
minha
vontade é deixar tudo e sair
mas
como? se a chuva continua a cair!
quero
nesse momento te encontrar, te ver
te
acariciar, te abraçar, te beijar
quero
dizer que só você é o meu amor
e
que todos os meus caminhos é por onde você for...
É
em momentos como esse que eu entendo
que
sem você não posso ficar, jamais vou te deixar
cada
minuto sem você sinto-me morrendo
eu
preciso te encontrar
e
dizer que sem você não posso viver
mas
tenho que esperar...
A
chuva continua caindo!
mesmo
assim eu te imagino sorrindo
em
um lugar onde só nós dois possamos ficar
olho
para fora, mas a chuva não para
eu
sinto no peito que não vou te ver.
mas
continuo esperando, te imaginando, te tocando...
Já
é noite, tarde da noite
a
chuva como um açoite continua a nos separar
meu
coração já me diz, não tem jeito
hoje
eu não te vejo
na
ânsia de um beijo vou me deitar...
Não
consigo dormir, levanto, olho pra rua
a
chuva continua a cair, me desespero
você
continua no meu pensamento
não
consigo parar de pensar
mas
quero que você saiba esperar...
Agora
vou ler, escrever, tentar esquecer, adormecer
mas
meus pensamentos percorre longínquos caminhos
até
te encontrar
não
sei o que estás fazendo, só quero estar contigo...
E
assim o meu sábado se passa
me
deito esperando o domingo chegar
sonhando
acordado
com
você ao meu lado, eu te abraço
e
me entrego a você
acaricio
seu corpo querendo outro sonho começar...
Com
isso eu acordo
minha
cabeça acomodo sem mais nada a pensar...
é
só esperar...esperar...esperar...zzz...zzz
Nenhum comentário:
Postar um comentário