Tem
coisas que o tempo, tenta da nossa mente apagar
tem
outras que o vento, insiste e nos faz recordar
mas
o tempo ainda não apagou as que me fizeram chorar
hoje
o vento me trouxe à memória algumas para relembrar
são
lembranças de um tempo de magia, da música, da poesia
onde
correr atrás do vento era tudo que eu queria
não
havia compromissos e, sim, muita alegria
éramos
crianças inocentes e puras, no mundo de fantasias
onde
o tempo e o vento eram sinônimo de muita correria
lembro-me
do tempo de empinar pipas ao vento
de
jogar bola nas ruas sem nenhum impedimento
hoje
os ventos são contrários já não tenho mais tempo
caminho
contra o tempo embora sempre a favor do vento
sigo
apressado na correria do tempo, ando embalado pelo vento
olho
para trás e me assusto com o tempo e com tanto passatempo
parece
que foi ontem que a minha pipa com o vento voou
muito
tempo já passou, mas quase tudo o vento me levou
bons
ventos trouxeram de volta os sonhos que o tempo deixou
hoje
eu parei no tempo para apreciar o que o vento me mostrou
o
tempo levou alguns amigos, mas a saudade deles ficou
embora
o tempo tenha passado, cada um, a minha vida marcou
também
lembrei de um amigo mais chegado do que um irmão
o
vento me trouxe seu rosto e a mesma alegria do coração
são
coisas que dinheiro não compra, como o valor dessa emoção
a
vida é feita de detalhes que o vento intensifica ou o tempo abafa
são
lembranças outrora vividas que alegra e as vezes maltrata
mas
todas formam raízes, que brotam e pelo mundo se espalha
mesmo
que o tempo, o rosto nos marque, mostrando que ele passou
lembrei-me
do tempo das brincadeiras e do início de um grande amor
daquela
garota na juventude, quando o vento seu cabelo esvoaçou
na
brisa do vento relembro de circunstâncias, que na minha mente ficou
do
tempo de felicidade, do viver sem maldade que o vento furioso
arruinou
hoje
vivendo sem tempo, agradeço ao vento o amor que ele semeou
sempre
que eu tiver um tempo quero dos meus momentos lembrar
espero
que o tempo, não apague o amor, nem mesmo os rios afogá-lo
mas
que o vento possa abaná-lo para dele nos inflamar...jamais apagar
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