quarta-feira, 19 de agosto de 2015

7 Bilhões de Semelhantes

Não percebi nenhum entusiasmo quando foi divulgada a notícia de que somos 7 bilhões de pessoas no planeta terra, e sim, grande preocupação. A começar pelo secretário geral da ONU, Organizações das Nações Unidas, passando pelos ambientalistas que temem e alertam para vários acontecimentos negativos no futuro com relação à produção de alimentos, ao clima e meio ambiente em que vivemos. Os economistas por sua vez falam em crise mundial, desemprego, desaceleração do crescimento etc... Os geólogos advertem sobre o derretimento das geleiras, o aumento do número de furacões, redução da biodiversidade entre outras crescentes ameaças ao planeta. O fato é que estamos vivendo perigosamente na terra. O planeta azul clama pelo verde. As florestas estão desaparecendo. No Brasil foi motivo de comemoração o desmatamento de apenas 253 km² no mês de setembro 2011. O número ainda é um absurdo, mas houve uma redução de 43%. A terra está emitindo sinais de socorro, mas o homem não vê e não escuta. São terremotos, vulcões, efeito estufa, sol escaldante, enchentes, desertificação, poluição, enfim, ecoa pelo universo o grito da terra.
A ONU vê com um olhar preocupante o futuro do planeta e de seus 7 bilhões de habitantes.
A nossa casa parece que ficou pequena, ainda assim, ocupamos apenas 30% do seu território. Um grande desafio surge no horizonte dos governantes dos países ricos e pobres, bem como nos mais populosos, como é o caso da China e da Índia. Uma das preocupação é com um número excessivo de jovens que ainda não entraram para o mercado de trabalho, portanto, não produzem, e com isso não geram economia e de idosos que já deixaram o mercado e semelhantemente também pouco contribuem para o desenvolvimento de seus países, com isso, acendeu o sinal de alerta na ONU. Segundo relatório divulgado nessa semana, em alguns países pobres as altas taxas de crescimento populacional minam o desenvolvimento e aumenta a pobreza, ao passo que nos países ricos, a preocupação é com o baixo índice de fertilidade e o número reduzido de pessoas que entram para o mercado de trabalho. Os números são alarmantes.
Metade da população global é formada por jovens até 24 anos onde o alto índice de desemprego, principalmente na zona do Euro 16%, é um dos maiores desafios da ONU e quase um bilhão é formada por idosos, cuja camada social é a que mais vem crescendo nos últimos anos. Mas, alguns fatores preponderantes continuam tirando o sono dos dirigentes mundiais. A gravidez precoce, a falta de educação adequada, a desnutrição infantil, e, como mencionei, o desemprego nas grandes metrópoles, está gerando uma ansiedade muito grande nos governantes, com especial atenção em relação ao Continente Africano, com foco ainda maior para a África Subsaariana, América Latina e região do Caribe. Mas não são apenas esses os fatores que estão contribuindo para o desgaste do planeta. Enquanto a população cresce, a terra envelhece. Enquanto o homem sorri com o progresso, a mãe natureza chora pelo descaso. As mesmas mãos que progridem, destroem.
É de extrema urgência a necessidade de se acabar com a caça esportiva que ainda predomina em alguns países, com a devastação das florestas, com o egoísmo de criar animais selvagens em cativeiro, com o desperdício de água, aliás, por falar em água, 99% da água do planeta é imprópria para o uso, pois 97% estão nos oceanos e 2% nas geleiras. Estima-se que mais de 105 bilhões de pessoas já passaram por esse planeta, mas nunca se destruiu tanto em tão pouco tempo. Está na hora de reformar a nossa casa, parar com a destruição da fauna, flora, rios e de todo ecossistema, pois nem sempre a natureza nos concede uma segunda chance. O que os 7 bilhões de habitantes plantarem, certamente colherão no futuro bem próximo. Precisamos rever os conceitos. Enquanto alguns se preocupam apenas em deixar o planeta melhor para as gerações futuras, outros pensam em deixar as gerações futuras melhores para o planeta, e ele agradece.
É preciso deixar que a natureza viva em harmonia com todos os seus elementos animais, vegetais e minerais, pois disso depende a vida humana. Temos que reconhecer nossos limites do crescimento como integrante dessa cadeia global para evitar o grande colapso que se visualiza!
Disse um respeitado ambientalista.


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