Em
meio a vergonhosas e gravíssimas denúncias de corrupção, suborno,
propina e descaso com o povo, algo rotineiro e crescente entre os
parlamentares, no próximo dia 21-04-2012, Brasília completará 52
anos. Diante da impunidade, da imunidade parlamentar, foro
privilegiado e de outros privilégios que gozam nossos parlamentares,
a capital do País se prepara para a festa de aniversário sem ter
muito o que comemorar. O sonho de um homem de retomar a ordem e o
progresso, de avançar 50 anos em cinco, tornou-se um pesadelo e
grande fonte de roubo, de ações desonestas, de conluios e acima de
tudo, um fardo muito pesado para os brasileiros. Brasília, com
certos parlamentares que dali tramam suas investidas ao nosso erário,
apenas envergonham o nome da capital federal, de seus moradores e da
nação.
Em
meados de 1956 o então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira
sonhava e expressava seu sonho dizendo: Deste
Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em
cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma
vez sobre o amanhã do meu País e antevejo essa alvorada com fé
inquebrantável e uma confiança sem limites em seu grande destino.
Mil dias e sessenta mil homens deram vida a essa cinquentona. O
salário em dobro influenciou a ida de muitos trabalhadores, talvez
seja a partir disso que surgiu a ganância, o mensalão, o amor ao
dinheiro fácil, as falcatruas e mentiras de governantes que não
sabem governar nem a própria casa e querem governar uma nação.
Uma
pessoa, em seu viver normal, quando atinge essa idade, traz consigo
muita experiência e respeito. Ao contrário da capital do país, que
por causa de homens gananciosos, fazem dela uma pocilga fedorenta
(desculpem-me o adjetivo) uma vergonha nacional, sinônimo de
roubalheira e corrupção sem limite. Ao mencionar seu nome
esquecemos que ela carrega em seu peito a alma sincera dos
brasilienses, que assim como todos os brasileiros se envergonham da
classe política que ali se estabeleceu.
A
origem do caos público e político que tomou conta do nosso país, é
devido aos ilustres parlamentares em Brasília. Como já afirmei, a
capital cinquentona não tem muito o que comemorar. O brado
retumbante do povo heroico ainda ecoa pelos quatro cantos da cidade e
atinge cada cidadão brasiliense e brasileiro e nos convida a sermos
solidários a não fugir a luta, para que possamos conquistar com o
nosso brado da indignação o respeito que Brasília e os brasileiros
merecem. Que se erga pela justiça a clava forte do povo para
defender a honra dessa pátria amada e idolatrada e que o sonho da
moralidade não se acabe, pois a locomotiva que impulsiona a máquina
do nosso País há muito tempo já parou por causa de seus
condutores.
O
sonho do presidente JK de transformar Brasília em cérebro das mais
altas decisões nacionais sucumbiu à mentalidade financeira e ao
nepotismo dos congressistas. Quem não se lembra de anos atrás
quando o então governador de Basília anunciou a liberação de
vinte milhões de reais para as festividades de aniversário de 50
anos. Vimos grande parte dessa quantia entrar pelos bolsos, meias,
cuecas, bolsas, pastas e sacolas de seus deputados e vereadores, que
depois de se encherem de dinheiro, ainda agradeciam a Deus com uma
oração fervorosa, a oração da propina. Brasília, uma cidade nova
com velhos costumes políticos.
Que
o ressoar dos sinos que parabenizarão a capital do país nesse
aniversário, continue dando o tom para que todos os brasilienses e
brasileiros prossigam fazendo dessa terra a mais garrida, e que todos
os políticos se retraiam para que a cidade apareça e que seja um
parabéns sem vocês políticos, caso contrário, será um infeliz
aniversário, Brasília.
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