segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Caiu o sistema

Quem nunca sofreu ou presenciou ao se utilizar de algum serviço, quer seja na fila do caixa em bancos ou em outros estabelecimentos comerciais quando ao chegar a nossa vez de ser atendido ou próximo de ser, somos informados de que caiu o sistema? Parece que é a coisa mais normal para aqueles que oferecem esse tipo de serviço, mas para quem deles se utilizam, é uma afronta sem precedentes. Na hora em que mais precisamos do serviço, cai o sistema. Basta o uso ser um pouco mais quantitativo, principalmente em dias de pagamentos dos salários das empresas, que o sistema bancário entra em pânico. Isso prova a incompetência desses servidores e o descaso das autoridades dos órgãos fiscalizadores que nada fazem em favor dos usuários.
Embora saibamos que imprevistos acontecem, mas lamentavelmente a história se repete diariamente e isso está virando regra quase sem exceção, algo normal em nosso cotidiano. Tudo que depende de algum sistema de informática um dia nos causará transtornos. Não são raras as vezes que enquanto trabalhamos somos surpreendidos com a queda do sistema exatamente no momento de maior urgência ou quando não “salvamos” o que estávamos fazendo. Cai o sistema em grandes empresas particulares, em órgãos públicos como no Detran, por exemplo, no transporte ferroviário, em lotéricas com frequência temos notícias da queda do sistema. Cai o sistema em faculdades, em hospitais, em consulados barrando a emissão de passaportes, em empresas de aviação, inclusive nessa semana uma grande empresa de aviação teve uma queda em seu sistema prejudicando centenas de passageiros e criando uma confusão nos aeroportos, enfim, estamos a mercê de um sistema arcaico e dependendo da sorte.
Enquanto inúmeros países estão em outra dimensão quanto a internet banda larga, nós percorremos a passos lentos, tentando atravessar a era da web lascada. Enquanto o mundo navega em transatlânticos, a nossa navegação na internet ainda é a vela. É claro e evidente que precisamos tirar as devidas deficiências pessoais de hardwares e softwares utilizados pelos usuários domésticos, e até mesmo de algumas empresas, mas ainda assim o débito dos provedores continua muito grande. Como disse um comentarista financeiro, estamos olhando para trás e não para frente, quando o assunto é banda larga. Se isso acontece com frequência em empresas privadas, imaginem em órgãos públicos! Precisei utilizar-me de uma perícia médica e por telefone agendei a consulta para quase um mês à frente, para a minha surpresa foi até para antes do que eu imaginei.
Na data marcada, quando cheguei, depois de esperar por mais de quarenta minutos sem nenhuma informação sobre a razão da demora no atendimento, de repente fomos avisados de que o sistema havia caído. Parecia uma desculpa para a negligência. Nas empresas, nos bancos e no comércio em geral, quando somos surpreendidos com a queda do sistema, ele logo se recupera, agora em empresas públicas, só Deus sabe quando isso vai acontecer. Nem mesmo os funcionários preveem a recuperação do sistema quando ele sai do ar. A plaquinha com o aviso de: sem o sistema, ou fora do ar, já faz parte dos funcionários nos balcões de atendimento e nos caixas. Tudo depende do sistema.
A impressão que me deu nesse caso era que eles torciam para que demorasse o maior tempo possível para ficarem sem trabalhar. Pelo que me parece, essa justificativa vai continuar sendo por muito tempo uma arma nas mãos dos incompetentes.

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