Quem
nunca sofreu ou presenciou ao se utilizar de algum serviço, quer
seja na fila do caixa em bancos ou em outros estabelecimentos
comerciais quando ao chegar a nossa vez de ser atendido ou próximo
de ser, somos informados de que caiu o sistema? Parece que é a coisa
mais normal para aqueles que oferecem esse tipo de serviço, mas para
quem deles se utilizam, é uma afronta sem precedentes. Na hora em
que mais precisamos do serviço, cai o sistema. Basta o uso ser um
pouco mais quantitativo, principalmente em dias de pagamentos dos
salários das empresas, que o sistema bancário entra em pânico.
Isso prova a incompetência desses servidores e o descaso das
autoridades dos órgãos fiscalizadores que nada fazem em favor dos
usuários.
Embora
saibamos que imprevistos acontecem, mas lamentavelmente a história
se repete diariamente e isso está virando regra quase sem exceção,
algo normal em nosso cotidiano. Tudo que depende de algum sistema de
informática um dia nos causará transtornos. Não são raras as
vezes que enquanto trabalhamos somos surpreendidos com a queda do
sistema exatamente no momento de maior urgência ou quando não
“salvamos” o que estávamos fazendo. Cai o sistema em grandes
empresas particulares, em órgãos públicos como no Detran, por
exemplo, no transporte ferroviário, em lotéricas com frequência
temos notícias da queda do sistema. Cai o sistema em faculdades, em
hospitais, em consulados barrando a emissão de passaportes, em
empresas de aviação, inclusive nessa semana uma grande empresa de
aviação teve uma queda em seu sistema prejudicando centenas de
passageiros e criando uma confusão nos aeroportos, enfim, estamos a
mercê de um sistema arcaico e dependendo da sorte.
Enquanto
inúmeros países estão em outra dimensão quanto a internet banda
larga, nós percorremos a passos lentos, tentando atravessar a era da
web
lascada.
Enquanto o mundo navega em transatlânticos, a nossa navegação na
internet ainda é a vela. É claro e evidente que precisamos tirar as
devidas deficiências pessoais de hardwares e softwares utilizados
pelos usuários domésticos, e até mesmo de algumas empresas, mas
ainda assim o débito dos provedores continua muito grande. Como
disse um comentarista financeiro, estamos olhando para trás e não
para frente, quando o assunto é banda larga. Se isso acontece com
frequência em empresas privadas, imaginem em órgãos públicos!
Precisei utilizar-me de uma perícia médica e por telefone agendei a
consulta para quase um mês à frente, para a minha surpresa foi até
para antes do que eu imaginei.
Na
data marcada, quando cheguei, depois de esperar por mais de quarenta
minutos sem nenhuma informação sobre a razão da demora no
atendimento, de repente fomos avisados de que o sistema havia caído.
Parecia uma desculpa para a negligência. Nas empresas, nos bancos e
no comércio em geral, quando somos surpreendidos com a queda do
sistema, ele logo se recupera, agora em empresas públicas, só Deus
sabe quando isso vai acontecer. Nem mesmo os funcionários preveem a
recuperação do sistema quando ele sai do ar. A plaquinha com o
aviso de: sem
o sistema,
ou fora
do ar,
já faz parte dos funcionários nos balcões de atendimento e nos
caixas. Tudo depende do sistema.
A
impressão que me deu nesse caso era que eles torciam para que
demorasse o maior tempo possível para ficarem sem trabalhar. Pelo
que me parece, essa justificativa vai continuar sendo por muito tempo
uma arma nas mãos dos incompetentes.
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