Estamos
atravessando um momento histórico em nosso País. O povo,
inconformado com a roubalheira, com a violência, com a falta de
comando e principalmente com a crescente onda de corrupção, tem
manifestado sua inquietação publicamente pelas cidades em um
verdadeiro levante social. Justiça, é a palavra de ordem e de
progresso. Embora, ainda um pouco desorganizado, mas determinado a
buscar um futuro melhor para o País, reivindica um pouco de paz e
segurança, alegria e felicidade para se viver, direitos mínimos de
um povo. Por outro lado, parece que estamos retrocedendo ao tempo do
faroeste, do tempo em que as questões eram resolvidas a bala. Pois
não há explicação aceitável para os crimes que presenciamos em
terras tupiniquins, cujos, as querem de volta, terras sem lei, onde a
autoridade do governo caminha de um lado para o outro, mas sem um
norte definido. Com isso, brasileiros e estrangeiros vivem sob fogo
cruzado.
Quando
não há firmeza no governo o povo fica sem direção e a corrupção
perverte o coração. Por essa razão, o que vemos é um salve-se
quem puder, um ninguém é de ninguém, um Deus nos ajude, que cada
dia amedronta ainda mais as pessoas de bem dessa nação. A única
lei observada é a do revólver, e esse, está nas mãos de
pistoleiros prontos e ávidos para puxar o gatilho. São pistoleiros
menores de idade que atiram sem pestanejar em crianças, jovens e
velhos em busca de uns trocados, que me faz lembrar os velhos filmes
de faroeste e seus pistoleiros, cujos, como antigamente, cobrem os
rostos, e sem lei, fazem as suas próprias. Empunhando armas,
amedrontam e condenam a pena de morte indefesos cidadãos e seguem
derramando sangue inocente como se nada valesse. Aproveitam o momento
para causarem balbúrdias e vandalismos sob olhares de policiais
também assustados.
Desrespeitam
os xerifes, abusam das mulheres, assaltam os bancos, as diligências,
matam por recompensas e fogem espalhando o pânico. Na poeira deixada
pela fuga em possantes cavalos importados do tipo ferraris, porshes e
lamborghinis, é possível seguir o rastro do dinheiro, porém, não
há nenhum justiceiro para prendê-los. Embora filmados em ações,
muitos pagam a recompensa, ou melhor, a fiança e são libertados das
prisões. Um cavaleiro negro desponta como o paladino da justiça, o
qual, não é tão justo como se imagina, e tenta na Suprema Corte
por ordem nesse faroeste caboclo. Ele julga e condena sem prender,
pois, rende-se a força das leis, entregando à forca somente os
pobres cidadãos comuns, trabalhadores, que por causa dos muitos
impostos, taxas elevadas, juros exorbitantes e salário minguante,
encontram nas manifestações de rua a esperança da salvação como
se ouvisse ao longe, o som do clarim do exército para livrá-lo do
jugo da desigualdade. Engano. Não há salvação. É mais uma
emboscada. Estamos sob fogo cruzado entre o exército amigo e o
inimigo. Quem era para nos proteger, nos ataca.
O
inimigo se ocultou em gabinetes, se disfarçou, passou a usar paletó
e gravata. Por isso o povo tupiniquim foi às ruas, o grito da
insatisfação ecoou e dos R$ 0,20 de outrora, surgiram bilhões, o
que ainda é pouco diante do que já foram subtraídos. Mas ainda da
tempo de ouvir a voz das ruas, o clamor do povo, o desejo da nação
e caminhar para o futuro em paz e segurança, com respeito ao povo e
obediência as leis, sem corrupção, sem violência e que o velho
oeste não passe de ficção e entretenimento. Quem tem ouvidos,
ouça.
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