quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Diário de um Esquizofrênico

Inacreditável, repugnante, revoltante, assustador, não encontro adjetivos qualificativos para descrever o fato exaustivamente exibido pela imprensa, onde um trio composto por um homem e duas mulheres, matavam pessoas e recheavam salgados com suas carnes. Custa-me acreditar que seres humanos são capazes de tamanha bestialidade. O Brasil ficou perplexo com a atitudes de algumas pessoas, que em nome de uma seita religiosa, foi o que alegaram, mataram e depois, fizeram empadas e coxinhas com a carne dos mortos. Como se fosse a coisa mais normal do mundo, uma das integrantes do trio maligno, distribuía os salgados pelo comércio, bares, lanchonetes, hospitais e até mesmo para um dos policiais, alegou em depoimento. Sendo conhecida na cidade pelo excelente tempero de suas coxinhas.
Conforme depoimento ao delegado, pelo menos oito pessoas foram assassinadas por eles, inclusive, a carne de uma das mulheres assassinadas, serviu para alimentar sua própria filha que ficou sob poder do trio. A justificativa, a atitude, a forma com que atraiam as vítimas e acima de tudo, a normalidade com que descreveram as cenas, revelam que jamais compreenderemos a mente humana. Um homem aparentemente instruído. De acordo com algumas reportagens, ele era formado em Educação Física e faixa preta de Caratê. Um sujeito frio, porém inteligente, rosto simples, mas de coração perverso, cordato e ao mesmo tempo super violento que descrevia detalhadamente em um diário a sua ação no planejamento, elaboração e execução dos crimes, havendo registrado em cartório toda aventura macabra da carnificina.
Com o título de “Revelações de um Esquizofrênico” o homem que planejou assassinar a própria mãe para ficar com parte da herança e que foi expulso da família, narrou cenas de como acontecia o ritual orientado por uma entidade da seita chamada Cartel. Outro fato revoltante é que o trio tinha uma meta a ser atingida, três pessoas por ano. Havia um ritual para o cumprimento dos deveres religiosos. As vitimas eram mortas a facadas, esquartejadas e seus corpos retalhados e em seguida eles bebiam o sangue alegando que era para purificação. Na minha modesta maneira de conhecer a fé, jamais conseguirei acreditar, que qualquer religião que seja alcance níveis de tamanha insanidade. Só resta-me continuar acreditando na palavra do Mestre dos Mestres que dizia que o Maligno, o imperador das trevas, o deus deste século, é homicida desde o princípio, ou seja, mata homens. Eles escolhiam as mulheres com a alegação de que elas eram más.
Agora eu pergunto, e as duas, o que são? Eu ouso responder, a verdadeira corporificação da maldade. O meu temor é que não estejamos travando uma batalha contra a carne, digo, de homem para homem, e sim, guerreando e perdendo essa guerra para hostes espirituais da maldade. Lembro-me de um texto bíblico onde o próprio Deus afirma que viu que a maldade do homem havia se multiplicado sobre a terra e que toda a sua imaginação, pensamentos e intenções do coração eram más, por essa razão Ele resolveu dar cabo daquela geração através do dilúvio. Quem sabe estejamos vivendo novamente os dias de Noé! É preciso interromper a crueldade humana e pelo que me parece somente será possível com alguma intervenção divina.

O fato é que a Suíça Pernambucana, como é conhecida a bela cidade de Garanhuns, terra natal do ex presidente Lula, acordou assombrada. A história de terror e canibalismo que assustou os moradores do Recife está sendo destaque em outros países o que pode refletir no turismo local. O clamor do povo é por justiça, mas acredito que seja por vingança, pois já atearam fogo em sua residência e se o pegarem, provavelmente farão o mesmo que ele fez com suas vítimas. Será que ainda veremos coisas mais estranhas do que isso? O que virá pela frente? Temo que a espécie humana, o Homo Sapiens, que dizem está em plena evolução, com essas atitudes esteja retornando a atos dignos de seus ancestrais chegando ao Australopitheco. Basta!

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