Inacreditável,
repugnante, revoltante, assustador, não encontro adjetivos
qualificativos para descrever o fato exaustivamente exibido pela
imprensa, onde um trio composto por um homem e duas mulheres, matavam
pessoas e recheavam salgados com suas carnes. Custa-me acreditar que
seres humanos são capazes de tamanha bestialidade. O Brasil ficou
perplexo com a atitudes de algumas pessoas, que em nome de uma seita
religiosa, foi o que alegaram, mataram e depois, fizeram empadas e
coxinhas com a carne dos mortos. Como se fosse a coisa mais normal do
mundo, uma das integrantes do trio maligno, distribuía os salgados
pelo comércio, bares, lanchonetes, hospitais e até mesmo para um
dos policiais, alegou em depoimento. Sendo conhecida na cidade pelo
excelente tempero de suas coxinhas.
Conforme
depoimento ao delegado, pelo menos oito pessoas foram assassinadas
por eles, inclusive, a carne de uma das mulheres assassinadas, serviu
para alimentar sua própria filha que ficou sob poder do trio. A
justificativa, a atitude, a forma com que atraiam as vítimas e acima
de tudo, a normalidade com que descreveram as cenas, revelam que
jamais compreenderemos a mente humana. Um homem aparentemente
instruído. De acordo com algumas reportagens, ele era formado em
Educação Física e faixa preta de Caratê. Um sujeito frio, porém
inteligente, rosto simples, mas de coração perverso, cordato e ao
mesmo tempo super violento que descrevia detalhadamente em um diário
a sua ação no planejamento, elaboração e execução dos crimes,
havendo registrado em cartório toda aventura macabra da carnificina.
Com o
título de “Revelações de um Esquizofrênico” o homem que
planejou assassinar a própria mãe para ficar com parte da herança
e que foi expulso da família, narrou cenas de como acontecia o
ritual orientado por uma entidade da seita chamada Cartel. Outro fato
revoltante é que o trio tinha uma meta a ser atingida, três pessoas
por ano. Havia um ritual para o cumprimento dos deveres religiosos.
As vitimas eram mortas a facadas, esquartejadas e seus corpos
retalhados e em seguida eles bebiam o sangue alegando que era para
purificação. Na minha modesta maneira de conhecer a fé, jamais
conseguirei acreditar, que qualquer religião que seja alcance níveis
de tamanha insanidade. Só resta-me continuar acreditando na palavra
do Mestre dos Mestres que dizia que o Maligno, o imperador das
trevas, o deus deste século, é homicida desde o princípio, ou
seja, mata homens. Eles escolhiam as mulheres com a alegação de que
elas eram más.
Agora
eu pergunto, e as duas, o que são? Eu ouso responder, a verdadeira
corporificação da maldade. O meu temor é que não estejamos
travando uma batalha contra a carne, digo, de homem para homem, e
sim, guerreando e perdendo essa guerra para hostes espirituais da
maldade. Lembro-me de um texto bíblico onde o próprio Deus afirma
que viu que a maldade do homem havia se multiplicado sobre a terra e
que toda a sua imaginação, pensamentos e intenções do coração
eram más, por essa razão Ele resolveu dar cabo daquela geração
através do dilúvio. Quem sabe estejamos vivendo novamente os dias
de Noé! É preciso interromper a crueldade humana e pelo que me
parece somente será possível com alguma intervenção divina.
O fato
é que a Suíça Pernambucana, como é conhecida a bela cidade de
Garanhuns, terra natal do ex presidente Lula, acordou assombrada. A
história de terror e canibalismo que assustou os moradores do Recife
está sendo destaque em outros países o que pode refletir no turismo
local. O clamor do povo é por justiça, mas acredito que seja por
vingança, pois já atearam fogo em sua residência e se o pegarem,
provavelmente farão o mesmo que ele fez com suas vítimas. Será que
ainda veremos coisas mais estranhas do que isso? O que virá pela
frente? Temo que a espécie humana, o Homo Sapiens, que dizem está
em plena evolução, com essas atitudes esteja retornando a atos
dignos de seus ancestrais chegando ao Australopitheco. Basta!
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