Já
foi o tempo em que descascar o pepino era sinônimo de resolver
alguma situação difícil ou complicada. Atualmente o saboroso
legume tem sido o principal suspeito de dezenas de mortes inesperadas
na Europa. Como um filme de suspense, as autoridades governamentais
da Europa estão procurando o vilão dessas mortes com lupas e
microscópios, mas estão se esquecendo das causas. É só procurar
no campo e logo encontrarão em vôos rasantes dezenas de vezes ao
dia um vai-e-vem de pequenos aviões sobrevoando fazendas espalhando
uma enorme quantidade de agrotóxicos sobre as plantações. Para
cada tipo de praga existe um veneno específico. Durante anos a luta
de ambientalistas tem aumentado em razão dessas tempestades de
veneno aplicados nas plantações. O quanto isso é prejudicial ao
ser humano, ninguém até hoje afirmou com precisão. O fato é que
estudos relatam que o excesso desses vermicidas, formicidas,
pesticidas e tantos outros correlatos, estão prejudicando a saúde
do ser humano através da degustação desses alimentos contaminados.
Ninguém, e quando eu digo ninguém, me refiro às autoridades
governamentais mundiais, se interessou ou deu a devida atenção para
se coibir, ou pelo menos diminuir a aplicação desses venenos. O
resultado desse pesado investimento em agrotóxicos pode estar dando
os primeiros sinais de preocupação na população mundial. Como se
não bastassem tantas coisas assassinas que existem por ai, agora
ouvimos falar de pepinos assassinos. É verdade. Nesses últimos dias
estamos vendo a Europa assustada por causa dos supostos pepinos
assassinos, principalmente a Alemanha e Espanha onde as autoridades
culpam um ao outro pela proliferação da bactéria E.
coli entero-hemorrágica. Mais
de 2000 pessoas foram examinadas e metade foi internada para
tratamento, mas infelizmente 16 foram mortas pelos pepinos
assassinos. E agora o pânico chegou aos Estados Unidos.O governo
norte americano já está fazendo barricada contra
os pepinos Europeus. Na
verdade, por enquanto os pepinos são apenas suspeitos, mas, toda a
lavoura espanhola entre outros países já estão sofrendo
represálias sem parâmetros. Se forem considerados culpados pelas
autoridades alemães e demais países, os pepinos espanhóis serão
proibidos de circular pela Europa. Eles estão gerando uma crise
diplomática sem precedentes na história Européia. Espere ai, por
enquanto não se sabe de onde surgiram esses pepinos, mas o Brasil é
um exportador de legumes em potencial para a União Européia!
Segundo dados do Portal do Agronegócio do Brasil, o SGP (Sistema
Geral de Preferências tarifárias) europeu beneficia atualmente 12
por cento das exportações do Brasil para o mercado europeu, o que
representa, em valor monetário, uma média de quatro mil milhões de
euros por ano. Entre essas exportações, encontra-se o pepino
brasileiro. Por essa razão não se admirem se daqui a alguns dias
nossos pepinos forem acusados da disseminação dessa bactéria pela
Europa. É bom que eles descaquem logo esse pepino. Chega de pepinos.
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