quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Páscoa

De uma maneira geral, os dois maiores eventos comemorativos no cristianismo, são o Natal e a Páscoa respectivamente. Cada um deles, há muito tempo, perdeu a realidade do seu significado e propósito em suas observâncias. O mercado consumidor engoliu o verdadeiro sentido dessas datas. A Páscoa nunca deixou de ser uma festa, mas o sentido dela na atualidade é meramente comercial. Tanto o Natal como a Páscoa nos remete de volta a Deus, a origem de tudo. O Natal nos lembra o nascimento daquele que seria o salvador da humanidade e a Páscoa, exatamente o auge da sua missão, a sua morte e ressurreição três dias depois. A palavra Páscoa em hebraico é Pessach, ou seja, passagem. Fora instituída cerca de 3500 anos atrás por orientação de Deus a Moisés antes da saída do povo hebreu da escravidão do Egito.
Seria uma festa pela libertação de mais de quatrocentos anos de servidão e a entrada para a terra prometida, assim como, uma lembrança do período difícil (representado pelas ervas amargas) que eles passaram sob a opressão do Faraó. Na noite anterior a última praga, de um total de dez, enviadas sobre o Egito, com o intuito de arrefecer o coração do Faraó para deixar o povo hebreu sair, e celebrar uma festa para Deus, eles deveriam comer a Páscoa, carne assada, pães ázimos e ervas amargas. O sangue do cordeiro imolado seria aplicado sobre os umbrais das portas para quando o anjo da morte passasse e visse o sangue, (Pessach, Passover em inglês) passaria sobre aquela casa sem exterminar nenhum primogênito daquela família.
Isso os faria eternamente gratos a Deus e valeria não somente para o povo hebreu, mas para todos, pois, a importância estava no sangue e não em quem estivesse dentro da casa. No novo testamento, com o advento da vinda de Jesus Cristo para libertar não somente o povo judeu, mas toda a humanidade de um outro tipo de jugo, o pecado, Ele também morreu, foi imolado como um cordeiro e ressuscitou em um dia de Páscoa. Jesus Cristo tipifica esse cordeiro dos homens do velho testamento que era sacrificado pelas famílias e o sangue aspergido nos umbrais das portas. Assim sendo, o sangue de Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, derramado na cruz do Calvário, de semelhante modo é para salvação de toda a humanidade.
Dessa maneira, o seu sacrifício propiciou ao homem a libertação do jugo do pecado, deu-lhe a oportunidade de ser participante da natureza divina, ter livre acesso ao Pai celeste e pode contar com a presença divina dentro de si eternamente. Tudo o que Deus Pai havia planejado, o Deus Filho realizou e o Deus Espírito Santo torna real e prático para todos. Com a sua vinda Ele trouxe a divindade para dentro da humanidade, se mesclou, tornou-se o Emanuel, Deus conosco e através da sua morte e ressurreição, Ele levou a humanidade para dentro da divindade, isso, sinteticamente é a verdadeira Páscoa. Deus com o homem que união!

Atualmente o cordeiro virou coelho, a carne são os ovos de chocolate, o significado são os mais variados que é passado de geração a geração de acordo com os costumes dos povos e suas etnias. E o resultado de tudo isso é o crescimento das vendas ano após ano e um distanciamento do verdadeiro sentido da Páscoa. Que nessa Páscoa, todas as famílias sejam guardadas da violência, da dor, das lágrimas, da intolerância, das coisas negativas em nosso viver, e, que acima de tudo, nos leve de volta ao principio, a Deus. E que o anjo da vida esteja nos lares trazendo harmonia, saúde, paz, amor, alegria e muita felicidade e que assim seja sempre. Boa Páscoa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário