De uma
maneira geral, os dois maiores eventos comemorativos no cristianismo,
são o Natal e a Páscoa respectivamente. Cada um deles, há muito
tempo, perdeu a realidade do seu significado e propósito em suas
observâncias. O mercado consumidor engoliu o verdadeiro sentido
dessas datas. A Páscoa nunca deixou de ser uma festa, mas o sentido
dela na atualidade é meramente comercial. Tanto o Natal como a
Páscoa nos remete de volta a Deus, a origem de tudo. O Natal nos
lembra o nascimento daquele que seria o salvador da humanidade e a
Páscoa, exatamente o auge da sua missão, a sua morte e ressurreição
três dias depois. A palavra Páscoa em hebraico é Pessach, ou seja,
passagem. Fora instituída cerca de 3500 anos atrás por orientação
de Deus a Moisés antes da saída do povo hebreu da escravidão do
Egito.
Seria
uma festa pela libertação de mais de quatrocentos anos de servidão
e a entrada para a terra prometida, assim como, uma lembrança do
período difícil (representado pelas ervas amargas) que eles
passaram sob a opressão do Faraó. Na noite anterior a última
praga, de um total de dez, enviadas sobre o Egito, com o intuito de
arrefecer o coração do Faraó para deixar o povo hebreu sair, e
celebrar uma festa para Deus, eles deveriam comer a Páscoa, carne
assada, pães ázimos e ervas amargas. O sangue do cordeiro imolado
seria aplicado sobre os umbrais das portas para quando o anjo da
morte passasse e visse o sangue, (Pessach, Passover em inglês)
passaria sobre aquela casa sem exterminar nenhum primogênito daquela
família.
Isso os
faria eternamente gratos a Deus e valeria não somente para o povo
hebreu, mas para todos, pois, a importância estava no sangue e não
em quem estivesse dentro da casa. No novo testamento, com o advento
da vinda de Jesus Cristo para libertar não somente o povo judeu, mas
toda a humanidade de um outro tipo de jugo, o pecado, Ele também
morreu, foi imolado como um cordeiro e ressuscitou em um dia de
Páscoa. Jesus Cristo tipifica esse cordeiro dos homens do velho
testamento que era sacrificado pelas famílias e o sangue aspergido
nos umbrais das portas. Assim sendo, o sangue de Jesus, o cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo, derramado na cruz do Calvário, de
semelhante modo é para salvação de toda a humanidade.
Dessa
maneira, o seu sacrifício propiciou ao homem a libertação do jugo
do pecado, deu-lhe a oportunidade de ser participante da natureza
divina, ter livre acesso ao Pai celeste e pode contar com a presença
divina dentro de si eternamente. Tudo o que Deus Pai havia planejado,
o Deus Filho realizou e o Deus Espírito Santo torna real e prático
para todos. Com a sua vinda Ele trouxe a divindade para dentro da
humanidade, se mesclou, tornou-se o Emanuel, Deus conosco e através
da sua morte e ressurreição, Ele levou a humanidade para dentro da
divindade, isso, sinteticamente é a verdadeira Páscoa. Deus com o
homem que união!
Atualmente
o cordeiro virou coelho, a carne são os ovos de chocolate, o
significado são os mais variados que é passado de geração a
geração de acordo com os costumes dos povos e suas etnias. E o
resultado de tudo isso é o crescimento das vendas ano após ano e um
distanciamento do verdadeiro sentido da Páscoa. Que nessa Páscoa,
todas as famílias sejam guardadas da violência, da dor, das
lágrimas, da intolerância, das coisas negativas em nosso viver, e,
que acima de tudo, nos leve de volta ao principio, a Deus. E que o
anjo da vida esteja nos lares trazendo harmonia, saúde, paz, amor,
alegria e muita felicidade e que assim seja sempre. Boa Páscoa.
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