Um novo fenômeno
social que está tirando o sono das autoridades policiais vem sendo
verificado desde o final do ano passado. Até mesmo a presidente já
reservou uma data em sua agenda para discutir o assunto com
empresários devido o prejuízo que estão sofrendo com o fechamentos
de lojas em dias de grande movimento. São os chamados “rolezinhos”
organizados pelos jovens de todas as idades através das redes
sociais pelos shoppings do País. Novamente o caos social trazido com
esses “rolezinhos” tem se estabelecido, gerando pânico e medo
nos cidadãos que foram surpreendidos em shoppings. Os idealizadores
e os que são a favor desses “rolezinhos” nem mesmo conseguem
explicar a causa, a razão e o objetivo do movimento, muito menos
qual a verdadeira reivindicação. Segundo alguns dos organizadores,
“rolezinho” é uma convocação geral para um encontro amigável
em shoppings para se divertir, paquerar, zoar e trocar alguns beijos
e nada mais. Mas, para a policia, isso não passa de uma reunião
para promover roubos e furtos assim como, tumultuar as grandes zonas
de comércio.
A mídia
tem mostrado, provavelmente mais para assustar e aumentar o alcance
dos atos, do que o barulho, os saques e a balburdia decorrentes
desses encontros. Têm se dado enorme dimensão aos rolês mais do
que eles propriamente alcançam. Ninguém está proibido de entrar em
shoppings sozinho, acompanhado ou em grupos, mas, não é nem um
pouco conveniente se fazer arruaças, promover tumultos e causar
tamanha desordem em lugares públicos, isso é fato. Em nome da
liberdade de ir e vir tudo se torna lícito, porém, nem tudo convém.
A liberdade de se expressar, de protestar pacificamente em favor dos
direitos não isenta ninguém de assumir as consequências pelo
vandalismo e prejuízo causado aos demais cidadãos caso isso
aconteça. Agora cabe uma pergunta. O que dizer dos “rolezinhos”
que estudantes universitários (black-blocs) fizeram, eram em menores
ou maiores proporções em termos de vandalismo? Tiveram apoio ou
foram repreendidos? É preciso ouvir o clamor das ruas, disseram
dezenas de parlamentares.
O grito
das ruas, o clamor do povo é por segurança, por justiça social,
pelo fim da corrupção política e da impunidade, por menos
impostos, melhor educação, lazer, cultura, saneamento básico,
direito à saúde e não à doenças. É um grito por moradia,
transporte, melhor qualidade de vida, tudo o que se promete a décadas
através dos impostos recolhidos. Pouco do valor arrecadado com
impostos são revertidos em benefícios do povo. Essa é a razão dos
“rolês”, caros parlamentares. Se por um lado, os senhores, que
afirmavam que era preciso ouvir o grito das ruas, hoje, parece que
estão ficando surdos. Creio que esse movimento esteja surgindo em
face da insatisfação social, principalmente nas periferias, onde o
descaso com o povo é mais evidente. Inúmeras formas de “rolezinhos”
ainda acontecerão. Aliás, há noticias de um novo “rolezinho”
nas piscinas do CEU. Seria bom que esses homens dotados de autoridade
constituída pelo povo, dessem um “rolezinho” pelos hospitais
públicos para que seus olhos vejam a maneira como o cidadão é
tratado. Que tal um “rolezinho” nas escolas da periferia de
qualquer cidade ou capital do País, mas tudo isso, de transporte
coletivo!
Por
outro lado, está na hora do povo fazer um “rolezinho” pelas
câmaras municipais, pelas assembleias legislativas, pela esplanada
dos ministérios, pelo palácio da alvorada, pela câmara dos
deputados, pelo senado, que sabe eles dariam condições e capacidade
para o povo frequentar boas escolas com bom ensino, ser atendido em
hospitais não sucateados, transporte coletivo de boa qualidade. Mas
onde encontrar tudo isso? Só dando uns “rolezinhos” por ai, mas
fora do País...
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