Enquanto
milhões de internautas ao redor do mundo acompanham entusiasmados os
lances mirabolantes de alguns egocêntricos desvairados, que buscam
por intermédio financeiro, o único meio de satisfazer a luxúria
para comprar a virgindade de uma jovem brasileira, outras milhares
são tolhidas em seus direitos humanos, como escola por exemplo. Essa
é a luta de uma jovem baleada na cabeça e que está entre a vida e
a morte pelo direito minimo de estudar, que se viu obrigada a deixar
o seu próprio país para permanecer viva com a família. Enquanto em
alguns países as mulheres são consideradas sem nenhum valor, embora
lutem e até morram para provarem o contrário daquilo que pensam as
mentes mesquinhas dos carrascos que mantém o poder através da
religião sufocante, em outros países, as mulheres que podem
usufruir dessa liberdade que não há preço que pague, vendem seus
corpos por um preço que não tem valor, o da imoralidade.
Em
outros países, tidos como desenvolvidos, de primeiro mundo, as
mulheres são expostas, ou melhor, se deixam expor em vitrines como
mercadorias para satisfazer os desejos masculinos em busca de alguns
trocados que por mais que faturem nada vale, é preço de
imoralidade. A mulher que se vende, ainda que o preço possa alcançar
valores exorbitantes, não tem valor nenhum e com isso, deprecia as
virtudes femininas como, sensatez, feminilidade e o charme,
características supremas das mulheres. É inacreditável que mesmo
em nosso país, onde as mulheres pagaram caro pela liberdade, hoje
vendam tão barato esse dom supremo que conquistaram. A mulher pode,
pela força e beleza interior que tem, chegar onde quiser e
conquistar o que quiser sem contudo se vender ou perder a graça,
educação, a sensualidade e a moral que lhe são naturais. É
preciso viver ao máximo a liberdade sem contudo dar ocasião à
carne com suas paixões desenfreadas, que cria e cultiva a
libertinagem no gênero humano. A volúpia ganhou dimensão
incontrolável. Até quando?
É
inconcebível para a minha consciência saber que enquanto os lances
desse leilão sexual aumenta diariamente via internet, no Brasil, a
cada 12 segundos uma outra mulher é estuprada, sendo que 50% desse
número é constituído por jovens com idade até 14 anos, vitimas em
seus próprios lares. Assim como os lances ofertados por essa jovem
aumentam, com relação ao estupro não é diferente. Na cidade do
Rio de Janeiro cresceu 25% e em São Paulo 11% conforme dados da SSP
dos Estados, quem sabe, penso eu, estimulados ou influenciados por
cenas banais, em novelas pornográficas que apenas despertam a libido
precoce na juventude carente de uma cultura de massa significante e
de bom conteúdo. É uma verdadeira guerra dos sexos, onde a
moralidade por muito tempo deixou de existir. Políticos, músicos,
religiosos, empresários cometem toda sorte de torpezas nessa avenida
chamada Brasil e ficam impunes debochando das autoridades em razão
do dinheiro que possuem. Quem dá mais? Quem dá mais? Esse é o
clamor da mídia que tenta a qualquer preço manter os míseros
números do Ibope a custas da imoralidade sexual perniciosa.
Sei que
as minhas palavras não farão muito eco nesse universo global, nem
tão pouco soarão como uma trombeta em seu toque de despertar, mas,
também não serão levadas pelo vento das vãs sutilezas que
engendram assuntos imorais para serem discutidos e depois praticados
por incautos fãs
que
discutem quem matou quem como se fosse a coisa mais importante da
vida. Enquanto isso, a realidade da guerra urbana extermina
policiais, agride crianças, mulheres, homossexuais, rouba e mata por
centavos, sequestram, corrompem e se deixam corromper, ameaçam,
chantageiam, maltratam, tudo em nome de uma pseudo liberdade de uma
sociedade que escraviza e depois grita salve-se quem puder. Salve
Jorge, José, Antônio, Maria, João e tantos cidadãos e cidadãs
indignados e fartos da imoralidade sobrepujante de uma política
imoral, suja e vergonhosa que com seu látego nos açoita e ainda
aplaudimos e reverenciamos como se fossem imortais.
Chega
de imoralidade bestial, grotesca, inumana, do liberou geral, do
ninguém é de ninguém que só nos fazem verter lágrimas ao
observar esse planeta e ver que somente ele é habitado por seres da
mesma espécie, mas que se digladiam, bendizem e maldizem, expressam
amor e ódio, onde alguns matam ou morrem defendendo seus valores
morais, pessoais, éticos, religiosos, mas vivendo e contribuindo com
o crescimento da imoralidade. Por essa razão, pais e professores,
continuem nessa incansável missão de educar, porque esses são os
nossos valores...imorais. Parabéns!
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