quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Religião

Zapeando em meu controle remoto, tentando fugir dos filmes natalinos que nessa época invadem as nossas telas, deparei-me com uma daquelas retrospectivas que também “enchem o saco” até do papai-noel, mas me detive por alguns segundos em um programa onde alguns pastores e artistas se digladiavam em torno da palavra de Deus. Aliás, eram dois programas, um intermediado por uma mulher e o outro intermediado por um cantor que se dizia ateu. No primeiro pude perceber entre as divergências, que o assunto em questão era o homossexualismo sob o ponto de vista das religiões. Havia os pastores, é claro, que eram contra as atitudes homossexuais, e os artistas, que mesmo professando sua fé em Deus e em suas religiões, eram a favor da prática do homossexualismo e suas vertentes. Estavam também presentes dois pastores homossexuais que procuravam defender seus argumentos, com textos tirados de um contexto bíblico a fim de se auto justificarem, no que eram impiedosamente atacado pelos demais pastores. Todos colocando palavras na boca Deus.
No outro, a não menos acalorada discussão debatia a fé em Deus e a sua existência. Também havia ali alguns pastores, doutores em filosofia, professores de teologia, artistas e ateus. Discussões vazias, sem importância, que não levaria a nada, porque cada um tinha como objetivo vencer a discussão, mesmo que para isso fosse preciso perder o amigo. Não vi razão para tanto alarde para um assunto subjetivo, ou melhor, até que cada um tinham suas razões e argumentos contra o outro, mas no final, não se consegue chegar a nenhuma conclusão. São palavras ao vento que servem apenas para afastar as pessoas de Deus, pensei nesse momento. Por essa razão tem se tornado tão fácil arrebatar pessoas após si com um pouco mais de eloquência e um discurso inflamado. A falta de conhecimento desses e de outros tantos assuntos parece que tem atrofiado a mente das pessoas e são passivamente conduzidas pelo engano a práticas e erros muitas vezes sem volta.
Enquanto eu ouvia concordava ora com um, ora com outro, mas o fato é que parecia ser uma briga sem fim entre o certo e o errado, onde todos estão certos e todos estão errados. Não professo nenhuma religião e nem sou profundo conhecedor das escrituras sagradas, apenas leio a bíblia e tento praticar o que leio para que as palavras santas não fiquem apenas em minha mente servindo de arma de defesa contra aqueles que não tem o mesmo parecer que o meu. Mas o que mais chamou a minha intenção era a força dos ateus querendo provar a inexistência de Deus. Ora, se Deus não existe para eles, porque tentar provar sua inexistência? Isso já é assunto suficiente para provar a sua existência. Caso contrário não haveria razão para a discussão. O que serviria para religar o homem com Deus, a religião, tem servido apenas de debates e controvérsias vãs, a meu modo de ver.

Penso que as religiões se perderam em seus calabouços e labirintos que até hoje ainda não conseguem dar resposta a simples perguntas. Sei que a grande maioria das religiões tem origem na bíblia, então qual a razão de tantas se a fonte é apenas uma? Deus tem religião? Ele existe ou não, quem poderá dizer ao certo? Por essa razão, para mim, a melhor maneira de provar que Ele existe, é tentando provar que Ele não existe... rsrsrsrsrsr.

Nenhum comentário:

Postar um comentário