Zapeando
em meu controle remoto, tentando fugir dos filmes natalinos que nessa
época invadem as nossas telas, deparei-me com uma
daquelas
retrospectivas que também “enchem
o saco”
até do papai-noel, mas me detive por alguns segundos em um programa
onde alguns pastores e artistas se digladiavam em torno da palavra de
Deus. Aliás, eram dois programas, um intermediado por uma mulher e o
outro intermediado por um cantor que se dizia ateu. No primeiro pude
perceber entre as divergências, que o assunto em questão era o
homossexualismo sob o ponto de vista das religiões. Havia os
pastores, é claro, que eram contra as atitudes homossexuais, e os
artistas, que mesmo professando sua fé em Deus e em suas religiões,
eram a favor da prática do homossexualismo e suas vertentes. Estavam
também presentes dois pastores homossexuais que procuravam defender
seus argumentos, com textos tirados de um contexto bíblico a fim de
se auto justificarem, no que eram impiedosamente atacado pelos demais
pastores. Todos colocando palavras na boca Deus.
No
outro, a não menos acalorada discussão debatia a fé em Deus e a
sua existência. Também havia ali alguns pastores, doutores em
filosofia, professores de teologia, artistas e ateus. Discussões
vazias, sem importância, que não levaria a nada, porque cada um
tinha como objetivo vencer a discussão, mesmo que para isso fosse
preciso perder o amigo. Não vi razão para tanto alarde para um
assunto subjetivo, ou melhor, até que cada um tinham suas razões e
argumentos contra o outro, mas no final, não se consegue chegar a
nenhuma conclusão. São palavras ao vento que servem apenas para
afastar as pessoas de Deus, pensei nesse momento. Por essa razão tem
se tornado tão fácil arrebatar pessoas após si com um pouco mais
de eloquência e um discurso inflamado. A falta de conhecimento
desses e de outros tantos assuntos parece que tem atrofiado a mente
das pessoas e são passivamente conduzidas pelo engano a práticas e
erros muitas vezes sem volta.
Enquanto
eu ouvia concordava ora com um, ora com outro, mas o fato é que
parecia ser uma briga sem fim entre o certo e o errado, onde todos
estão certos e todos estão errados. Não professo nenhuma religião
e nem sou profundo conhecedor das escrituras sagradas, apenas leio a
bíblia e tento praticar o que leio para que as palavras santas não
fiquem apenas em minha mente servindo de arma de defesa contra
aqueles que não tem o mesmo parecer que o meu. Mas o que mais chamou
a minha intenção era a força dos ateus querendo provar a
inexistência de Deus. Ora, se Deus não existe para eles, porque
tentar provar sua inexistência? Isso já é assunto suficiente para
provar a sua existência. Caso contrário não haveria razão para a
discussão. O que serviria para religar o homem com Deus, a religião,
tem servido apenas de debates e controvérsias vãs, a meu modo de
ver.
Penso
que as religiões se perderam em seus calabouços e labirintos que
até hoje ainda não conseguem dar resposta a simples perguntas. Sei
que a grande maioria das religiões tem origem na bíblia, então
qual a razão de tantas se a fonte é apenas uma? Deus tem religião?
Ele existe ou não, quem poderá dizer ao certo? Por essa razão,
para mim, a melhor maneira de provar que Ele existe, é tentando
provar que Ele não existe... rsrsrsrsrsr.
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