A
batalha entre o certo e o errado, entre a verdade e a mentira, o
santo e o profano, entre a moral e a imoralidade parece que jamais
chegará ao fim. Uma nova onda vem ocupando a mente de homens e
mulheres através da internet, é a guerra dos sexos virtual, onde um
aplicativo vem privilegiando as mulheres com a possibilidade de
avaliar a performance sexual masculina durante o relacionamento. A
insatisfação feminina cravou farpas no egocentrismo masculino ao
sentirem a virilidade abalada diante das notas recebidas. A tão
esperada nota máxima provavelmente jamais será anunciada. É
interessante observar que essas avaliações sempre são feitas ao
término de um relacionamento, o que, segundo a classe machista,
sofre grande influência por causa do momento. E concluem que se tais
avaliações fossem feitas durante o auge do envolvimento amoroso, o
resultado seria totalmente contrário, a favor dos homens, diferente
de quando se faz ao final do mesmo. A mágoa deixada no coração
feminino influencia nas avaliações negativas, dizem eles.
Elas
são emotivas, porém, afirmam aos risos e em conversas pelas ruas e
mensagens virtuais entre uma e outra, que chegou a hora da vingança.
E eles, lógico, preocupados com o que está em jogo, a virilidade,
temem a repercussão do fato. Coisas de quem não tem o que fazer,
respondem alguns ao saber da avaliação negativa que tiveram e por
isso, começam nova batalha, a judicial. Um ego ferido é capaz de
promover inúteis batalhas e provocar intensas destruições piores
do que os exércitos com suas armas poderosas. Provavelmente nessa
batalha não haja mortos ou feridos, com algumas exceções
femininas, como já houve, mas o ego das pessoas envolvidas, no caso,
a maioria masculina é que sairá dilacerado pelo inconveniente e
inesperado desempenho nas relações afetivas. Recentemente a mídia
divulgou notícias de algumas jovens que se suicidaram ao terem suas
intimidades divulgadas virtualmente por seus parceiros. Foi o preço
da banalidade.
Agora
elas esperam dar o troco nas infâmias que sofrem nas rodinhas dos
amigos de seus ex-parceiros, nas quais eram alvo dos adjetivos que
serviam apenas para exaltar as qualidades de quem falava. São
conversas e controvérsias fundadas ou infundadas que servem apenas
para preencher o vazio das mentes e despertar o comichão da
curiosidade humana. Refiro-me ao programa “Lulu”, um aplicativo
virtual onde as mulheres classificam seus parceiros, (e aqui entra o
egoísmo, o orgulho e a soberba de ambos) com notas, geralmente
abaixo do que eles gostariam de receber, pelo desempenho sexual. É
claro que o machismo imperialista oculto de gerações a gerações
se manifestou contrário ao ser avaliado e tendo essa avaliação,
geralmente negativa, abaixo do esperado, sendo divulgada na internet.
Se era para criar polêmica, ela já foi criada. Se é certo ou
errado, verdade ou mentira, ninguém sabe ou pode julgar, apenas os
envolvidos. O que acontece entre quatro paredes é sagrado e não
deve ser divulgado, dizem alguns que já tiveram seus momentos
avaliado no aplicativo. É tudo mentira e jogo de interesse feminino,
dizem outros procurando justificar o fracasso relatado.
O fato
é que acusações, difamações e ofensas estão sendo proclamadas
nas redes sociais de maneira espantosa, e o pior, sem razão, causa
ou motivo que não seja denegrir a conduta de ambos. Roupas sujas
estão sendo lavadas em público. Se é imoral ou ilegal, serve para
ambas as partes porque mostra a promiscuidade em que vive homens e
mulheres em uma sociedade que coa um mosquito nas atitudes alheias
mas não consegue ver um camelo em suas próprias. Cada um sabe de
seus valores e é com esses valores que formamos a sociedade em que
vivemos, somos sua semente e o seu fruto, colhemos o que semeamos. O
rebuliço está apenas começando, mas ainda dá tempo de
refletirmos, aproveitando o mês de dezembro que nos convida para
isso e, ponderar sobre nossos valores interiores. Será que não há
um espaço dentro de nós que poderia ser preenchido com algo melhor?
“Lulu” ou “Bolinha”, tanta futilidade preenchendo o espaço
do verdadeiro amor!
Aliás,
nessa guerra dos sexos, tudo isso está sendo propagado em nome do
amor, mas este sentimento está se esfriando nas pessoas e sendo
incompreensível e, por fim, se tornará totalmente desconhecido.
Alguém duvida?
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