Cinco e
meia da manhã, despertei com o ruído da chuva em minha janela vinte
minutos antes do relógio anunciar o horário marcado para me
acordar. O barulhinho da chuva que caia me forçou a continuar na
cama os vinte minutos que ainda me restavam. Fiquei com receio de
dormir e não ouvir o despertador, mas não resisti. O ambiente
propício para continuar na cama estava formado. Antes observei nos
quartos e todos dormiam tranquilamente. Deitei-me a ouvir os pingos
da chuva que caiam, os carros que já começavam passar na rua
fazendo o barulho dos pneus em contato com a água da chuva, tudo
embalava o meu sono.
Pensei
em levantar-me e sair um pouco mais cedo de casa por causa da chuva.
Não sei se dormi ou cochilei ou se fiquei acordado pensando, só sei
que logo o despertador que estava programado para me acordar dez
minutos antes das seis horas, despertou. Teria de deixar o
aconchegante ambiente do quarto e enfrentar o frio e a chuva que
caia. Em um dia chuvoso os transtornos são maiores. Olhei pela
janela embaçada pelo vapor da chuva, passei a mão fazendo um
circulo para observar a intensidade da chuva e me assustei. Era um
temporal. Não podia perder muito tempo. Acordei um dos filhos, nos
preparamos e saímos debaixo de chuva.
Com um
guarda-chuva para dois, saltávamos as poças de água que se
formavam pelo caminho até chegarmos ao ponto do coletivo. Pensei que
havia de esperar debaixo de chuva, mas para a nossa surpresa já
havia um coletivo no ponto, e vazio, acabara de chegar. Esperamos um
pouco na chuva até que motorista e fiscal conversassem, em total
desrespeito aos passageiros que aguardavam e depois entramos.
Sentei-me em um lugar ao lado da janela e fui observando a chuva que
caia, enquanto o ônibus seguia lentamente por causa do trânsito que
se formava, pegando as pessoas em cada ponto de parada. Sombrinhas e
guarda-chuvas escorriam água para todos os lados. O pequeno coletivo
em dois ou três pontos a frente já estava cheio.
Todos queriam chegar ao trabalho o mais cedo possível. Seis e meia da manhã já estava um caos. Ônibus lotado, janelas fechadas por causa da chuva. Alguns passageiros que seguiam em pé reclamavam por as janelas estarem fechadas, por outro lado, os que estavam sentados não queriam que as abrissem, pois estava entrando água. Para evitar o bate-boca que era inevitável, a contra-gosto, abri um pouco a minha janela. Até que não me importei com alguns chuviscos que caiam, eu já estava molhado, foi bom, pois assim entrava um pouco mais de ar. Guarda-chuvas e sombrinhas passavam escorrendo água entre nossas cabeças. Mulheres entravam com sacolas, bolsas e sombrinhas tudo molhado e tínhamos que segurar. Um dia chuvoso é sempre assim.
Todos queriam chegar ao trabalho o mais cedo possível. Seis e meia da manhã já estava um caos. Ônibus lotado, janelas fechadas por causa da chuva. Alguns passageiros que seguiam em pé reclamavam por as janelas estarem fechadas, por outro lado, os que estavam sentados não queriam que as abrissem, pois estava entrando água. Para evitar o bate-boca que era inevitável, a contra-gosto, abri um pouco a minha janela. Até que não me importei com alguns chuviscos que caiam, eu já estava molhado, foi bom, pois assim entrava um pouco mais de ar. Guarda-chuvas e sombrinhas passavam escorrendo água entre nossas cabeças. Mulheres entravam com sacolas, bolsas e sombrinhas tudo molhado e tínhamos que segurar. Um dia chuvoso é sempre assim.
A
correria nas ruas da cidade era inevitável. Um festival de
guarda-chuvas e sombrinhas era exibido ficando impossível se
caminhar rapidamente sem colidir com outros guarda-chuvas que vinham
em nossa frente. A cidade parou nessa manhã, apesar dos transeuntes
se apressarem, o caos estava montado. As grandes avenidas viraram
rios. Por falta de energia, semáforos estavam desligados, trânsito
parado, trens urbanos não circulavam na totalidade, um dia de ira,
era melhor, em alguns casos, não ter saído de casa. Além do medo,
o desespero tomou conta de alguns motoristas, que mais afoitos
tentavam a qualquer preço vencer a força das águas. E o dia tinha
apenas começado, ainda restava a volta, e continuava chuvoso.
Enquanto
os cidadãos se esforçam para virem de casa para o trabalho e
voltarem do trabalho para casa, as nossas autoridades, pasmem, culpam
a natureza por tanta chuva. Devem mandar a conta desse prejuízo para
Deus. Foi ele que abriu as comportas dos céus permitindo esse
dilúvio. Mas ele não constrói avenidas e não constrói prédios,
não desmata, não polui os rios, não é o causador do aquecimento
global, muito menos usa dinheiro público destinado para
infra-estrutura e o usa em benefício próprio. Dessa conta Deus está
totalmente isento. Enquanto os governantes mundiais se reúnem para
negociar uma solução climática, cada dia a situação piora. Se
quiserem que não haja mais dias chuvosos como esse, a melhor coisa a
fazer é preservar o que ainda é possível preservar, as matas, o
clima, o planeta, pois caso contrário, a natureza pode não dar uma
segunda chance...
Nenhum comentário:
Postar um comentário