quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Imoralidade

Tenho presenciado cenas no cotidiano familiar e social que me tem deixado perplexo. Um canal vertedouro de imoralidade e sensualidade, frutos da imaginação e criação fétidas daqueles que se autoproclamam intelectuais, vem sendo despejado em nossos lares. As redes de esgoto de televisão estão ditando um padrão de vida contrário aos bons princípios fazendo-nos encaixar e ser coparticipantes desse modelo global. Parece-me que o alvo subliminar seja as crianças, porque elas não possuem o poder de discernimento adequado para apertar o botão do controle remoto. São programas chulos e apelativos com linguagem obscena, uma clara declaração atentatória do pudor carregada de luxúria, que tentam implantar uma filosofia de sociedade moderna, livre, aberta, sem preconceitos onde tudo é válido. Isso inclui até mesmo os programas humorísticos onde os que são a exceção da imoralidade ficam descartados comercialmente.
E as novelas então, que representam cenas como se refletissem a verdade absoluta do viver normal das famílias, exaltando o adultério em triângulo amoroso, a ganância, o ódio, a vingança e tantas outras tramas nefastas que não condiz com a nossa realidade familiar. Inculca-se nas crianças, desde a mais tenra idade, a concupiscência, a sensualidade e o desejo carnal despertando a libido precocemente, e o resultado está diariamente estampado nas manchetes de jornais, desobediência, rebeldia, violência juvenil, o avanço das drogas, culminando muitas vezes em gravidez indesejada, doenças venéreas e tantos males oriundos dessa fonte. A cobiça, a mentira, a inveja, o sexo livre, o homossexualismo são práticas descaradamente estimuladas, onde os grandes picos de audiência são medidos em função de expectativas de beijo gay, do lesbianismo, do mau caratismo de seus personagens. Embora respeitando, não podemos discordar, senão...

Por essa razão, não me permito, em respeito aos idosos e as crianças, considerar essa avalanche de imoralidade como cultura popular ou de massa. Aliás, alguns são o avesso disso, uma anticultura, com um único sentido, alcançar índices maiores no ibope para vender seus produtos a qualquer custo. Acho que já passou da hora de sairmos da ditadura novelesca, das enxurradas de programas chulos que existem e abrirmos nosso lar, nossa mente e principalmente o nosso coração às boas causas, à boa leitura, à boa conversa, para quem sabe, nossa família, nossos filhos não tomem o rumo que não queiramos devido a esses padrões aos quais somos massificados. Não sou contra aos atores, apresentadores, que defendem o seu trabalho com dignidade, não é isso. Sou contra os autores que em nome de uma liberdade de expressão, tentam, através da força da mídia, impor como verdade as suas mentiras e tentam nos amoldar em seus padrões de vida. Basta!

Nenhum comentário:

Postar um comentário