quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O dia em que a terra parou

No último dia 11/09/2011 os Estados Unidos da América e o restante do planeta, com grande pesar relembravam a tragédia que abalou o mundo e o império norte-americano, o ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center. Uma década já se passou e até hoje ainda se contam os mortos. Dois aviões comerciais foram lançados contra as torres causando pânico, tristeza e dor, e deixando a humanidade perplexa diante do que viam. O medo ressurge em cada avião que cruza o céu americano. Cenas dantescas de pessoas desesperadas clamando por um socorro que não podia chegar, outras se jogando tendo seus corpos bailando no ar como uma folha levada pelo vento e se estatelando no concreto das calçadas, e milhares, simplesmente ardiam em chamas, desintegrando-se na labaredas infernais causada pela explosão de toneladas de combustíveis.
As razões, se é que elas existem ou que justifiquem tal atrocidade, jamais a mente humana em suas perfeitas faculdades poderão compreendê-las. Um sentimento de impotência, fragilidade, medo, angústia e de dor, se misturavam com as lágrimas da indignação, revolta, ira, até mesmo o de vingança, o que aconteceu alguns dias depois quando os Estados Unidos invadiram o Afeganistão a procura do suposto culpado. Dez anos já se passaram, mas até o momento é impossível apagar da memória e conter as lágrimas ao rever o amontoado de cinzas em que se tornou aquelas torres. São cenas inesquecíveis da bestialidade humana! Milhares de vidas inocentes foram ceifadas para se defender uma ideologia sem lógica, onde um erro justificou o outro e um efeito não teve causa.
A agonia de ver e poder apenas imaginar o sofrimento daqueles que sentiam a morte cruel e trágica se aproximando impiedosa, sem nada poder fazer, ainda nos suscitam lágrimas e a inevitável pergunta: Por quê? A intolerância prevaleceu. O ódio e a discórdia deram as mãos e caminharam lado a lado com o preconceito. Ficaram tão íntimos que ao se abraçarem explodiram o diálogo a tal ponto que as palavras represália, vingança, caça ao terror, bomba, guerra, foram as mais ouvidas desde então, tornando a paz cada vez mais distante, e em nome dela, outra guerra foi declarada. Até onde o ser humano, feito a imagem e a semelhança de Deus pode destruir um ao outro dessa maneira? Como compreender a mente humana se com os lábios bendizem a Deus e ao mesmo tempo amaldiçoa os homens? É possível descobrir todos os mistérios da ciência, dissecar um átomo que outrora era considerado indivisível e entender seus segredos.
É possível mensurar a vastidão e conquistar o universo e seus planetas, mas, a mente humana esconde em seus labirintos, enigmas, códigos indecifráveis e impenetráveis. Ainda assim o homem sonha com a paz para o mundo, com a harmonia entre os povos, com o amor lubrificando os relacionamentos, com os quintais sem muros, com os países sem fronteiras a separá-los. Sonhamos com o fim da inimizade, do racismo étnico e religioso, sonhamos com um mundo sem fome, com cordeiros pastando ao lado de leões e lobos, com abraços entre árabes e judeus, enfim, sonhamos, sonhamos e sonhamos. Mas vale a pena sonhar, eles nos dão razões suficientes para perceber que a vida é bela e que cada ser humano é único na terra dos viventes e que no espetáculo da nossa existência, vale a pena viver em paz com todos, somos todos da mesma espécie, a humana.
Por essa razão, quero fazer coro a canção do imortal ex-beatle John Lennon, quando em sua canção Imagine, em uma simples frase ele fala do profundo desejo do seu coração e do seu sonho de ver o mundo melhor, o sonho não acabou.
You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one.
Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
você se juntará a nós

E o mundo será como um só

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