No
último dia 11/09/2011 os Estados Unidos da América e o restante do
planeta, com grande pesar relembravam a tragédia que abalou o mundo
e o império norte-americano, o ataque terrorista às torres gêmeas
do World Trade Center. Uma década já se passou e até hoje ainda se
contam os mortos. Dois aviões comerciais foram lançados contra as
torres causando pânico, tristeza e dor, e deixando a humanidade
perplexa diante do que viam. O medo ressurge em cada avião que cruza
o céu americano. Cenas dantescas de pessoas desesperadas clamando
por um socorro que não podia chegar, outras se jogando tendo seus
corpos bailando no ar como uma folha levada pelo vento e se
estatelando no concreto das calçadas, e milhares, simplesmente
ardiam em chamas, desintegrando-se na labaredas infernais causada
pela explosão de toneladas de combustíveis.
As
razões, se é que elas existem ou que justifiquem tal atrocidade,
jamais a mente humana em suas perfeitas faculdades poderão
compreendê-las. Um sentimento de impotência, fragilidade, medo,
angústia e de dor, se misturavam com as lágrimas da indignação,
revolta, ira, até mesmo o de vingança, o que aconteceu alguns dias
depois quando os Estados Unidos invadiram o Afeganistão a procura do
suposto culpado. Dez anos já se passaram, mas até o momento é
impossível apagar da memória e conter as lágrimas ao rever o
amontoado de cinzas em que se tornou aquelas torres. São cenas
inesquecíveis da bestialidade humana! Milhares de vidas inocentes
foram ceifadas para se defender uma ideologia sem lógica, onde um
erro justificou o outro e um efeito não teve causa.
A
agonia de ver e poder apenas imaginar o sofrimento daqueles que
sentiam a morte cruel e trágica se aproximando impiedosa, sem nada
poder fazer, ainda nos suscitam lágrimas e a inevitável pergunta:
Por quê? A intolerância prevaleceu. O ódio e a discórdia deram as
mãos e caminharam lado a lado com o preconceito. Ficaram tão
íntimos que ao se abraçarem explodiram o diálogo a tal ponto que
as palavras represália, vingança, caça ao terror, bomba, guerra,
foram as mais ouvidas desde então, tornando a paz cada vez mais
distante, e em nome dela, outra guerra foi declarada. Até onde o ser
humano, feito a imagem e a semelhança de Deus pode destruir um ao
outro dessa maneira? Como compreender a mente humana se com os lábios
bendizem a Deus e ao mesmo tempo amaldiçoa os homens? É possível
descobrir todos os mistérios da ciência, dissecar um átomo que
outrora era considerado indivisível e entender seus segredos.
É
possível mensurar a vastidão e conquistar o universo e seus
planetas, mas, a mente humana esconde em seus labirintos, enigmas,
códigos indecifráveis e impenetráveis. Ainda assim o homem sonha
com a paz para o mundo, com a harmonia entre os povos, com o amor
lubrificando os relacionamentos, com os quintais sem muros, com os
países sem fronteiras a separá-los. Sonhamos com o fim da
inimizade, do racismo étnico e religioso, sonhamos com um mundo sem
fome, com cordeiros pastando ao lado de leões e lobos, com abraços
entre árabes e judeus, enfim, sonhamos, sonhamos e sonhamos. Mas
vale a pena sonhar, eles nos dão razões suficientes para perceber
que a vida é bela e que cada ser humano é único na terra dos
viventes e que no espetáculo da nossa existência, vale a pena viver
em paz com todos, somos todos da mesma espécie, a humana.
Por
essa razão, quero fazer coro a canção do imortal ex-beatle John
Lennon, quando em sua canção Imagine, em uma simples frase ele fala
do profundo desejo do seu coração e do seu sonho de ver o mundo
melhor, o sonho não acabou.
You
may say
I'm a dreamer
But I'm not the only
one
I hope some day
You'll join us
And
the world will be as one.
Você pode dizer
Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança
de que um dia
você se juntará a nós
E
o mundo será como um só
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