Tenho presenciado cenas no
cotidiano familiar e social que me tem deixado perplexo. Um canal vertedouro de
imoralidade e sensualidade, frutos da imaginação e criação fétidas daqueles que
se autoproclamam intelectuais, vem sendo despejado em nossos lares. As redes de
esgoto de televisão estão ditando um padrão de vida contrário aos bons
princípios fazendo-nos encaixar e ser coparticipantes desse modelo global.
Parece-me que o alvo subliminar seja as crianças, porque elas não possuem o
poder de discernimento adequado para apertar o botão do controle remoto. São
programas chulos e apelativos com linguagem obscena, uma clara declaração
atentatória do pudor carregada de luxúria, que tentam implantar uma filosofia
de sociedade moderna, livre, aberta, sem preconceitos onde tudo é válido. Isso
inclui até mesmo os programas humorísticos onde os que são a exceção da
imoralidade ficam descartados comercialmente.
E
as novelas então, que representam cenas como se refletissem a verdade absoluta
do viver normal das famílias, exaltando o adultério em triângulo amoroso, a
ganância, o ódio, a vingança e tantas outras tramas nefastas que não condiz com
a nossa realidade familiar. Inculca-se
nas crianças, desde a mais tenra idade, a concupiscência, a sensualidade e o
desejo carnal despertando a libido precocemente, e o resultado está diariamente
estampado nas manchetes de jornais, desobediência, rebeldia, violência juvenil,
o avanço das drogas, culminando muitas vezes em gravidez indesejada, doenças
venéreas e tantos males oriundos dessa fonte. A cobiça, a mentira, a inveja, o
sexo livre, o homossexualismo são práticas descaradamente estimuladas, onde os
grandes picos de audiência são medidos em função de expectativas de beijo gay,
do lesbianismo, do mau caratismo de seus personagens. Embora respeitando, não
podemos discordar, senão...
Por
essa razão, não me permito, em respeito aos idosos e as crianças,
considerar essa avalanche de imoralidade como cultura popular ou de massa.
Aliás, alguns são o avesso disso, uma anticultura, com um único sentido,
alcançar índices maiores no ibope para vender seus produtos a qualquer custo. Acho que já passou da hora
de sairmos da ditadura novelesca, das enxurradas de programas chulos que
existem e abrirmos nosso lar, nossa mente e principalmente o nosso coração às
boas causas, à boa leitura, à boa conversa, para quem sabe, nossa família,
nossos filhos não tomem o rumo que não queiramos devido a esses padrões aos
quais somos massificados. Não sou contra aos atores, apresentadores, que
defendem o seu trabalho com dignidade, não é isso. Sou contra os autores que em
nome de uma liberdade de expressão, tentam, através da força da mídia, impor
como verdade as suas mentiras e tentam nos amoldar em seus padrões de vida.
Basta!
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