Com
esse bordão, um jornalista, ancora de um telejornal, expressa sua
indignação em cada reportagem vergonhosa que é apresentada.
Geralmente essa expressão é mencionada duas, três ou mais vezes
por dia, e é o resultado das atitudes ou não dos nossos ilustres
deputados e seus asseclas com relação a corrupção, suborno,
propina e descaso com que tratam o povo e suas necessidades. É um
exemplo a não ser seguido, embora, os reflexos dessa vergonhosa
política que denigre a imagem e a reputação dessa classe, já
esteja alcançando todos os órgãos públicos de maneira
generalizada. Isso é uma vergonha! É o que sentimos ao ver
hospitais sucateados e doentes amontoados como se fossem lixo,
entulho, coisas descartáveis, verdadeiros farrapos humanos que
choram e imploram por um atendimento pelos corredores em macas
improvisadas onde falta de tudo, desde um simples analgésico,
seringa de injeção, gases, esparadrapos aos remédios mais
urgentes.
São
médicos que se organizam em verdadeira máfia para obterem propinas
de laboratórios, de planos de saúde, de empresas de materiais
cirúrgicos, outros que operam sem necessidade ou exigem valores
absurdos para isso. É uma vergonha o submundo das drogas onde jovens
se perdem pelas esquinas sendo sugados pelas pedras de crack e as
autoridades incompetentes apenas usam de paliativos para mascarar e
disfarçar o grave problema. É uma vergonha presenciarmos o
vertiginoso avanço da corrupção em todos os setores da sociedade,
onde as negociatas comandadas por homens que se acham acima das leis
atingem o futebol, a saúde, o transporte, as construtoras, a
educação e ensino, as telecomunicações, a agricultura entre
outros diversos segmentos. É impossível descobrir onde não existe
corrupção, exceto se não houver mãos humanas comandando.
Em
cada programa jornalístico, o que vemos são reportagens sobre
escândalos que fazem corar de vergonha qualquer cidadão com o
mínimo de patriotismo, e como o apresentador, só nos resta repetir
o seu bordão: isso é uma vergonha. Em busca de míseros trocados,
vendem a moral, a integridade, a ética, o bom senso e são como aves
de rapina a procura de alimento, no caso, dinheiro público. Agora, o
que eu tenho notado é que esse anseio pelo dinheiro adquirido de
maneira fácil, por intermédio do famoso jeitinho brasileiro, não é
privilégio apenas dos políticos não. A sujeira arrastada pelo mar
de lama da corrupção corre nas veias de todos os homens que se
deixam fascinar pelo menor escalão do poder, e ele corrompe os bons
costumes.
Homens
que se acham semideuses, acima do bem e do mal, agem livremente
baseados naquilo que o vil metal pode comprar, o caráter, a
honestidade e até mesmo alma humana. Estamos perdendo o jogo para a
corrupção, para o suborno e a propina que desenfreadamente seguem
pela rodovia da impunidade. A justiça, que não é apenas cega,
porém, surda, segue tateando, varrendo toda a sujeira para debaixo
das togas dos magistrados, que em conluio, presos à cadeia
corruptiva que se alastra como um câncer, destruindo as fortalezas
da honestidade, apenas justificam aquilo que injustificável,
deixando o barco da corrupção seguir por águas tranquilas da
imoralidade. Isso é uma vergonha. O preço que a sociedade paga por
esse mal exemplo vindo de cima, é a inversão de valores onde o
desrespeito, a falta de educação, a libertinagem e principalmente
as drogas, são as molas propulsoras dessa sociedade nefasta em que
vivemos.
São
acidentes provocados por motoristas embriagados que não respeitam e
não temem as leis, bandidos que não se rendem as autoridades
policiais constituídas, policiais que por vezes usa dessa autoridade
para subornar e agir violentamente, são alunos que não respeitam
seus mestres, filhos que não acatam as palavras e os conselhos dos
pais, enfim, é o rato correndo atrás do gato e esse do cachorro e
esse do homem...isso é uma vergonha!
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