Dizem
que compreender a cabeça das mulheres é uma coisa impossível, e o
que se passa pela mente e pelo pensamento delas também é
incompreensível. Muitas vezes elas pensam uma coisa, falam outra e
agem de maneira diferente do que pensam e do que falam. Não sabemos
mensurar o que está dentro das mulheres. Por essa razão, quem sabe,
elas sejam tão atraentes, afirmam os mais entendidos do assunto. O
fato de querer descobrir os mistérios e os segredos das coisas de
um modo geral, faz parte e sempre rondou a mente dos homens, é algo
peculiar do sexo masculino, e as mulheres parecem entender muito bem
disso. Se já é quase impossível compreender as mulheres, suas
emoções e atitudes, o que se dirá de uma mulher mais a sua
inseparável bolsa. É isso mesmo, sua inseparável bolsa. Existem
algumas mulheres que não largam suas bolsas para nada nessa vida.
Dá-nos até a impressão que carregam um tesouro de grande valor
dentro delas. É claro que na época em que estamos vivendo, é
importante proteger bolsas e carteiras, mas com a avidez que nos
últimos dias venho prestando a atenção em uma determinada mulher,
confesso que nunca tinha visto.
Todos os dias ela está ali a espera do mesmo coletivo que eu para seguir ao trabalho, com a sua bolsa inseparável, mas nunca imaginei que ela não soubesse o que tinha dentro dela até que uma situação surgiu. Apesar de incômoda, foi engraçada. Deu-me a impressão de já ter presenciado tal cena em ocasião passada e realmente tinha visto, apenas em circunstância diferente. Vejo diariamente quase todas as mulheres com suas bolsas a tiracolo, mas depois da cena que eu presenciei, passei a notar que algumas levam até duas bolsas. Agora, dessa vez, o que me chamou a atenção, foi que, talvez, muitas delas nem saibam o que carregam dentro de suas bolsas. Para elas, tudo ali dentro é útil, imprescindível, porém, não sei se tudo é necessário. Digo isso depois dessa cena que vi, aliás, não apenas eu, mas quase o coletivo inteiro. Estávamos embarcando no ônibus para mais um dia de trabalho, havia umas cinco ou seis pessoas antes de mim e duas depois, sendo que a terceira, era a mulher com a sua inseparável bolsa.
Todos os dias ela está ali a espera do mesmo coletivo que eu para seguir ao trabalho, com a sua bolsa inseparável, mas nunca imaginei que ela não soubesse o que tinha dentro dela até que uma situação surgiu. Apesar de incômoda, foi engraçada. Deu-me a impressão de já ter presenciado tal cena em ocasião passada e realmente tinha visto, apenas em circunstância diferente. Vejo diariamente quase todas as mulheres com suas bolsas a tiracolo, mas depois da cena que eu presenciei, passei a notar que algumas levam até duas bolsas. Agora, dessa vez, o que me chamou a atenção, foi que, talvez, muitas delas nem saibam o que carregam dentro de suas bolsas. Para elas, tudo ali dentro é útil, imprescindível, porém, não sei se tudo é necessário. Digo isso depois dessa cena que vi, aliás, não apenas eu, mas quase o coletivo inteiro. Estávamos embarcando no ônibus para mais um dia de trabalho, havia umas cinco ou seis pessoas antes de mim e duas depois, sendo que a terceira, era a mulher com a sua inseparável bolsa.
Passamos
pelo cobrador que somente assistia a passagem dos usuários e logo me
sentei e fiquei me ajeitando para começar a ler o meu livro quando
começou um burburinho na catraca diante do cobrador. Era ela, a
mulher com a sua inseparável bolsa. Ela trazia a bolsa cinza, com
duas grandes fivelas prateadas, parecia pesada, mas era muito bonita
por sinal, cuja, quando eu olhei, já estava em cima da caixa do
cobrador que simplesmente assistia a mulher procurando
desesperadamente algo de valor. Todos os olhares daquelas pessoas que
já haviam sentado eram direcionados para ela. Os que vinham atrás
dela, esticavam seus pescoços querendo entender porque a fila havia
parado. As murmurações e reclamações aos poucos começavam. Não
havia tempo para espera indesejável, o coletivo, que por sinal
estava atrasado, tinha que partir. Era somente aguardar as pessoas
entrarem, mas agora havia um entrave, a mulher com sua bolsa,
travando a passagem.
Ela
ia tirando objetos e mais objetos de dentro da bolsa como que se
estivesse procurando uma coisa muito importante. Pente, estojo de
maquiagem, duas escovas para cabelo, uma roliça e grossa e outra
mais fina, carteira, que ela virava todos os compartimentos de
cartões a procura de algo que eu logo imaginei o que fosse, o cartão
de transporte. Uma caixinha com suco, uma maçã enrolada em um
papel, bolsinha de moeda, e outras coisas. Mas, eu não quis ficar
reparando o que saia da bolsa dela. Até mesmo, um par de sandálias,
própria para o verão, embrulhada em um plástico transparente saiu
de dentro de sua bolsa. Algumas pessoas mais apressadas e impacientes
passavam-lhe a frente, nervosas, e ao sentar, era mais um torcendo
para que ela encontrasse logo o que procurava. Quem já havia sentado
como eu, e até mesmo o cobrador, já havíamos percebido que ela
nunca encontraria o que procurava dentro da bolsa. O cartão de
transporte estava pendurado em seu pescoço e ela não via e nem
sabia. Por essa razão é possível perceber e concluir que a bolsa
de mulher também é um mistério até para elas. Ela até mesmo se
preparava para pagar sua passagem com dinheiro, pois, estava ficando
irritada e constrangida com o transtorno que vinha causando aos
demais usuários do coletivo. Nesse instante o cobrador mostrou que o
cartão estava pendurado em seu pescoço.
Foram
poucos minutos, mas, a sensação que me deu era de que as pessoas
fossem aplaudir a cena, como em um final feliz de um encontro
cinematográfico. Terminada a cena, tentei concentrar minha atenção
na leitura que fazia, mas não consegui, pois ficava vagando entre as
páginas do livro e a bolsa da mulher, imaginando quanta coisa
caberia dentro de uma bolsa feminina. Sacudi a cabeça e segui
visualizando em minha mente as mulheres que conheço, e outras que
encontraria pelo caminho certo de que jamais conseguirei descobrir
mais esse segredo do universo...das mulheres e suas bolsas, um
mistério...
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