Levantei-me,
abri um pouco a cortina e observei a névoa branca que cobria o
coração da cidade e o barulho dos poucos carros que passavam na
chuva, levantava ainda mais aquela névoa. As nuvens negras que se
intensificavam, o vento frio que insistia em entrar pelas frestas da
janela, a chuva fina que já caia tudo era um convite para continuar
deitado. Encostei a mão no vidro frio da janela para fechá-la a fim
de impedir que o insistente vento entrasse e perturbasse o sono
tranquilo da família. Passei entre as camas dos filhos verificando
se estavam cobertos adequadamente e voltei para o meu quarto. Devido
a minha rotina, o meu relógio biológico despertara pontualmente no
mesmo horário dos dias de trabalho. Mas hoje era domingo,
lembrei-me. Como foi bom ao acordar perceber que era domingo e que
não tinha trabalho e poder voltar para cama. Suspirei aliviado.
Ainda não era dia claro. Não havia sol e nem canto de pássaros como nas manhãs de verão, tudo era sombrio e melancólico. Voltei para ocupar o meu espaço na cama dividida entre a esposa de um lado e o neto no meio, que como um anjo, dormia sem se importar com as intempéries do tempo. E o sono, meu companheiro fiel nos dias de semana, me abandonou. No escurinho do meu quarto, vagueei em meus pensamentos por minha vida afora e só parei quando ele topou com a eternidade, em Deus. Então olhei para todos os lados, contemplei detalhadamente a esposa e o neto que dormiam e agradeci a Deus pela família. Os filhos que dormiam em outro quarto, todos ali, aos nossos cuidados, nenhum se perdeu entre os atalhos do mundo. Estavam ali, perfeitos, esposa, filhos e netos. Recolhi o sorriso de felicidade que queria brotar do fundo do meu coração que pensei estar sonhando. Percebi que para ser feliz não era necessário muita coisa, mas eu tinha tudo. Eu era um homem feliz.
Ainda não era dia claro. Não havia sol e nem canto de pássaros como nas manhãs de verão, tudo era sombrio e melancólico. Voltei para ocupar o meu espaço na cama dividida entre a esposa de um lado e o neto no meio, que como um anjo, dormia sem se importar com as intempéries do tempo. E o sono, meu companheiro fiel nos dias de semana, me abandonou. No escurinho do meu quarto, vagueei em meus pensamentos por minha vida afora e só parei quando ele topou com a eternidade, em Deus. Então olhei para todos os lados, contemplei detalhadamente a esposa e o neto que dormiam e agradeci a Deus pela família. Os filhos que dormiam em outro quarto, todos ali, aos nossos cuidados, nenhum se perdeu entre os atalhos do mundo. Estavam ali, perfeitos, esposa, filhos e netos. Recolhi o sorriso de felicidade que queria brotar do fundo do meu coração que pensei estar sonhando. Percebi que para ser feliz não era necessário muita coisa, mas eu tinha tudo. Eu era um homem feliz.
Então
soltei o sorriso para mim mesmo. Além disso, bradei a pleno pulmões
do fundo da minha alma o grito que só eu pude ouvir, eu tinha Deus
comigo, e isso fazia toda a diferença. E como em um sonho mágico e
encantado, fui aos pouco descobrindo a pureza, a inocência e a
simplicidade da vida. Descobri que era rico mesmo morando em meu
casebre, que a felicidade não estava naquilo que eu possuía, ou que
sonhava possuir, mas nas pessoas que comigo dormiam. Eu sonhei com
essa família. Os sonhos impulsionaram minha vida. E a vida me
ensinou que os sonhos sem metas são passatempos. E até mesmo o
risco que corremos em sonhá-los, são eles que produzem os méritos
ao realizá-los. O
filme que me passou pela cabeça naquele instante, me fez perceber
que a liberdade do ser humano não está nas cifras ou em seus
diplomas e conhecimento intelectual que possui, mas pode estar em uma
prece, em um bom relacionamento, em poder ser feliz no pouco.
Notei a minha inconstância de vida. O que eu pensava e o que eu praticava eram coisas diferentes. Tinha a teoria, mas muitas vezes não a prática. Conhecia o poder dos elogios, mas desconhecia como era grande o poder da crítica. Sabia de um, mas me via praticando o outro. Por ter tocado no Eterno, ele me fez ver a fragilidade humana, seus medos, seus anseios e principalmente minha inconstância e a minha necessidade. E ao contemplar meus filhos, esposa e netos, mesmo sem vê-los, mas com os olhos da alma e do coração abertos, vi ainda mais a minha fraqueza e fragilidade e de como urgentemente preciso sempre da presença de Deus comigo todos os dias ensinando-me a cuidar deles. E entre um bocejar e outro, enquanto a eternidade passeava em forma de pensamento, percorrendo todos os caminhos, até mesmo os mais profundos da minha mente, fui notando algo interessante, que enquanto a minha fragilidade era exposta por Deus, eu me sentia mais forte. Porque notei que eu tinha o Deus Todo-Poderoso que era por mim, e se ele é por mim que poderia ser contra?.
Notei a minha inconstância de vida. O que eu pensava e o que eu praticava eram coisas diferentes. Tinha a teoria, mas muitas vezes não a prática. Conhecia o poder dos elogios, mas desconhecia como era grande o poder da crítica. Sabia de um, mas me via praticando o outro. Por ter tocado no Eterno, ele me fez ver a fragilidade humana, seus medos, seus anseios e principalmente minha inconstância e a minha necessidade. E ao contemplar meus filhos, esposa e netos, mesmo sem vê-los, mas com os olhos da alma e do coração abertos, vi ainda mais a minha fraqueza e fragilidade e de como urgentemente preciso sempre da presença de Deus comigo todos os dias ensinando-me a cuidar deles. E entre um bocejar e outro, enquanto a eternidade passeava em forma de pensamento, percorrendo todos os caminhos, até mesmo os mais profundos da minha mente, fui notando algo interessante, que enquanto a minha fragilidade era exposta por Deus, eu me sentia mais forte. Porque notei que eu tinha o Deus Todo-Poderoso que era por mim, e se ele é por mim que poderia ser contra?.
E
em meus sonhos sonolentos sobre a vida, se acordado ou dormindo,
(aquela altura já não sabia se estava acordado ou dormindo) notei
que algumas horas haviam se passado e somente acordei de verdade,
quando fui despertado por minha esposa que me serviu o
café na cama...
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