Certa
vez alguém disse... “o
sonho não acabou”.
Alguns anos depois, outra pessoa declarou... “o
sonho acabou”.
O sonho só se acaba quando as pessoas se acabam. as
pessoas se acabam quando os sonhos se acabam. O sonho não se acaba.
Sonhar é o que faz a nossa vida ter sentido e nos dá razão e
motivação para continuar acreditando em nossos sonhos. Nesse Natal
eu sonhei com a paz, desejei aos meus amigos muito amor, muita paz,
saúde, alegria, felicidade, luz, harmonia e prosperidade. O mesmo
desejaram para mim. Já faz algumas décadas que desejamos tudo isso
uns aos outros. Esse é o combustível da vida: sonhar. Mas os sonhos
estão virando ilusões, estamos enganando os nossos sentidos com
interpretações erradas dos nossos desejos. Pensamos positivo e
agimos negativamente. Nossos desejos, um dia após o Natal já caem
no esquecimento.
Onde
está o amor, a paz, a harmonia, a felicidade? Aquele que mencionou
que esse sonho não tinha acabado, foi estupidamente assassinado. O
outro que também sonhava com tudo isso, ao ver o primeiro sendo
assassinado e o seu sonho morrendo com ele, disse que o sonho havia
acabado. Mataram os sonhadores. Estamos matando nossos sonhos e
matando os que sonham. Sonhamos com a paz, mas vivemos em guerra. Não
somente guerra em confrontos armados, mas contra nós mesmos.
Sonhamos com amor entre os homens, mas odiamos e matamos uns aos
outros pelo menor sinal de contrariedade. Um olhar, um gesto, uma
atitude contrária a nossa, um assento reservado ocupado por pessoas
normais ou desavisadas, já é motivo de brigas.
Não
se pode negar que nessa época do ano, a solidariedade desperta
dentro de cada um o sentimento e desejo de amor ao próximo, e até
sonhamos com isso para a irmandade, mas o Natal dos últimos anos
tiveram apenas duas realidades: presentes
e comidas.
Não que os que praticam a solidariedade nesse período estejam
fazendo algo hipócrita. É louvável e gratificante ver a alegria de
quem dá e de quem recebe, mas essa atitude deveria ser de todos, e
sempre, independente da época. Esse sem dúvida foi o Natal da
comilança, da mesa farta. Desejamos e sonhamos com um Natal sem fome
e esquecemos que as pessoas precisam se alimentar todos os dias. As
crianças sonham com brinquedos, algo palpável, físico, real para
elas. Os adultos com paz, amor, justiça, harmonia, compreensão,
tolerância e coisas assim, só que tudo isso está na pessoa que é
a razão do Natal: Cristo. Se lembrarmos Dele apenas nessa ocasião,
viveremos de ilusão, ou seja, um sonho sem realidade, um engano para
a nossa alma. Por essa razão, enquanto não tivermos tal
consciência, que Ele é a origem de todas essas coisas, o Natal
continuará sendo das ilusões...
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