sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O Natal das ilusões

Certa vez alguém disse... “o sonho não acabou”. Alguns anos depois, outra pessoa declarou... “o sonho acabou”. O sonho só se acaba quando as pessoas se acabam. as pessoas se acabam quando os sonhos se acabam. O sonho não se acaba. Sonhar é o que faz a nossa vida ter sentido e nos dá razão e motivação para continuar acreditando em nossos sonhos. Nesse Natal eu sonhei com a paz, desejei aos meus amigos muito amor, muita paz, saúde, alegria, felicidade, luz, harmonia e prosperidade. O mesmo desejaram para mim. Já faz algumas décadas que desejamos tudo isso uns aos outros. Esse é o combustível da vida: sonhar. Mas os sonhos estão virando ilusões, estamos enganando os nossos sentidos com interpretações erradas dos nossos desejos. Pensamos positivo e agimos negativamente. Nossos desejos, um dia após o Natal já caem no esquecimento.
Onde está o amor, a paz, a harmonia, a felicidade? Aquele que mencionou que esse sonho não tinha acabado, foi estupidamente assassinado. O outro que também sonhava com tudo isso, ao ver o primeiro sendo assassinado e o seu sonho morrendo com ele, disse que o sonho havia acabado. Mataram os sonhadores. Estamos matando nossos sonhos e matando os que sonham. Sonhamos com a paz, mas vivemos em guerra. Não somente guerra em confrontos armados, mas contra nós mesmos. Sonhamos com amor entre os homens, mas odiamos e matamos uns aos outros pelo menor sinal de contrariedade. Um olhar, um gesto, uma atitude contrária a nossa, um assento reservado ocupado por pessoas normais ou desavisadas, já é motivo de brigas.
Não se pode negar que nessa época do ano, a solidariedade desperta dentro de cada um o sentimento e desejo de amor ao próximo, e até sonhamos com isso para a irmandade, mas o Natal dos últimos anos tiveram apenas duas realidades: presentes e comidas. Não que os que praticam a solidariedade nesse período estejam fazendo algo hipócrita. É louvável e gratificante ver a alegria de quem dá e de quem recebe, mas essa atitude deveria ser de todos, e sempre, independente da época. Esse sem dúvida foi o Natal da comilança, da mesa farta. Desejamos e sonhamos com um Natal sem fome e esquecemos que as pessoas precisam se alimentar todos os dias. As crianças sonham com brinquedos, algo palpável, físico, real para elas. Os adultos com paz, amor, justiça, harmonia, compreensão, tolerância e coisas assim, só que tudo isso está na pessoa que é a razão do Natal: Cristo. Se lembrarmos Dele apenas nessa ocasião, viveremos de ilusão, ou seja, um sonho sem realidade, um engano para a nossa alma. Por essa razão, enquanto não tivermos tal consciência, que Ele é a origem de todas essas coisas, o Natal continuará sendo das ilusões...


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