sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Sugestão de um amigo

Nesses últimos tempos tenho presenciado e ficado perplexo com tanta maldade entre nós seres humanos, que as vezes não consigo acreditar no que estou presenciando. Fico refletindo comigo e com Deus, nosso criador, como determinada atitude, pode partir de um coração humano! É filho matando o pai, matando a mãe, se matando, é adulto jogando água quente em criança, outras sendo assadas em microondas, congeladas, acorrentadas, afogadas, estrupadas, estranguladas, atiradas pela janela sem razão nenhuma. Tudo por motivo torpe ou até mesmo de vingança entre os adultos apenas para atingir ao outro.
Como dizia minha falecida mãe, parece que o cão está a solta, referindo-se a certas atitudes humanas que mais parecem diabólicas. E é exatamente isso que estamos vendo no nosso cotidiano. Homens amantes de si mesmos, egoístas, avarentos, presunçosos, soberbos, ingratos, profanos, sem nenhum afeto natural, caluniadores, cruéis, incontinentes, traidores, obstinados, sem amor para com o próximo, desobedientes aos pais, muito mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus. Alguns ostentam a aparência de piedade, entretanto, com suas atitudes, negam sua eficácia. Homens assim, vão de mal a pior.
Esse é o mundo em que vivemos. Um mundo de ódio, rancor, violência, medo, fome, brutalidade, incoerência, mentira, crueldade, ingratidão, guerra, morte, um mundo sem amor, um mundo de dor e de sofrimento. Mas como o homem é o fruto do meio ambiente, não podemos esperar outra atitude que não sejam essas. O homem está psico adaptando-se ao ambiente a sua volta. Cometendo torpezas e indecências jamais imaginadas e recebendo em seus corpos o resultado. Agora fico me perguntando, o mundo está assim, dessa maneira, por causa do homem ou o homem está assim, por causa do mundo? A violência está no homem ou no mundo? Dentro do homem ou fora dele?
Eu tenho um amigo que conhece muito bem o ser humano e também o mundo. E ele me sugeriu viver no mundo como se dele não precisasse. Estar no mundo mas não ser mundano. Disse-me que todos os homens são iguais em vida e natureza, eu acreditei. Eu acredito nele e tenho a certeza de que não mente. Quando ele fala, profere palavras de muita sabedoria e verdade. Ele é a própria verdade. Suas palavras são dignas de inteira aceitação. Ele é meu amigo fiel. Há amigo que é mais chegado do que um irmão, aliás, ele é meu irmão.
Disse-me que seria muito bom se eu tivesse tolerância e que fosse humilde, pacificador, não agressivo e se alguém esmurrasse a minha face direita eu oferecesse também a outra e não revidasse. Também me falou que a agressividade está dentro do homem e não fora dele, mas que procurasse amar os outros com o mesmo tipo de amor que ele me ama. Um amor que não cobra nada em troca, simplesmente ama. Amor sem interesse, que ama incondicionalmente. Por sugestão desse amigo, resolvi tentar viver o que ele me falou.
Ele sugeriu que aceitasse a sua paz pois era diferente da paz do mundo. A paz do mundo decorre da ausência de guerra, é efêmera, inconstante, a dele é interior, firme, real, duradoura e não depende de circunstâncias exteriores. É até muito mais dificil de entender, mesmo assim podemos experimentar. Só de ouvir suas palavras eu sinto alegria, paz e vida.
Quando eu vivo baseado em suas palavras, sinto a vida diferente, a qual devia ser normal. Diferente é quem não vive baseado em suas palavras ou quem não acredita nelas. Essas palavras são cheias de vida, encorajamento, força, entusiasmo e alegria.
Ele sugeriu que tivéssemos misericórdia para alcançar misericórdia. Para que a ninguém julgássemos para não sermos julgados, pois da maneira que julgarmos, seremos julgados. Que apesar de tanta sujeira no mundo, o nosso coração sempre estivesse limpo, puro e sincero. Disse-me que a melhor coisa é dar do que receber, pois a melhor maneira de multiplicar é dividir com quem não tem. Sugeriu perdoar quem nos ofender, não guardar mágoas ou rancores, perdoar quem nos deve pois dívida maior ele já pagou por nós.
Ele foi exemplo e modelo de humanidade. Jamais teve privilégios. Aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu. Viveu apenas trinta e três anos e meio nesse mundo tenebroso, mas nunca agiu influenciado por ele. Desde o ventre materno já sentiu o que era vir a esse mundo. Seu pai quando soube da gravidez da esposa, para preservá-la, tencionou em oculto, rejeitá-la. Não teve maternidade ou lugar adequado para nascer. Nasceu junto aos cavalos e bois em uma estrebaria. Logo em seguida foi perseguido para ser morto. Seus pais fugiram para outro país. Quando voltou morou em uma terra desprezada.
Sua infância passou trabalhando com o pai em sua carpintaria. Tinha poucos amigos, mas era amigos de todos. Foi incompreendido pelos seus irmãos. Foi traído e mesmo assim chamava seu traidor de amigo. Foi negado e abandonado por um de seus melhores amigos e ainda assim, o chamava de irmão. Ele foi injuriado mas não injuriava. Dizia para amar também os inimigos, pois se amássemos apenas os amigos que valor teria. Enquanto era castigado por seus algozes, perdoava-lhes e oferecia a outra face. Nunca reclamou. Com o pouco que tinha saciou a fome de muitos. Ele viveu o que me sugeriu.
Podemos todas as coisas se essas palavras nos sustentarem. Disse-me. Mas eu indaguei que não seria possível amar os inimigos, dar outra face, não retrucar, ser simples diante de algumas situações. Questionei muitas outras coisas que acreditava ser impossível praticar, mas ele me mostrou que tudo é possível porque ele praticou isso. Então, por sugestão desse meu amigo, que enquanto esteve fisicamente nesse mundo, apenas sofreu, e com certeza, muito mais do que nós, resolvi acatar sua sugestão.
Agora a maneira de vivermos tudo isso, é através da sua vida em nós. Foi por essa razão que ele deu a sua vida por nós, para que vivêssemos por meio dela. Assim, tudo se torna possível. Essa é a vida que vence. A verdadeira vida com qualidade. A única maneira de apaziguar judeus e palestinos, é por essa vida. Quando Martin Luther King afirmou que tinha um sonho de ver os povos unidos, quando ele morreu, John Lennon afirmou que o sonho havia morrido com ele. Ambos não conheciam plenamente esse meu amigo.

Mas o sonho não morreu, vivendo pela vida desse meu amigo, é possível que o sonho se torne realidade. Todos podem ser um. A paz entre as nações é possível. O amor entre os seres humano pode ser real. Enfim, essa vida contém tudo o que precisamos. Ele mesmo disse que era o caminho, a verdade e a verdadeira vida e sem Ele nada poderíamos fazer. Então quero apresentar esse meu amigo, seu nome é Jesus Cristo e por sua sugestão, vivo não mais eu, mas ele vive em mim, e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé Nele. Ele é amigo certo não apenas em horas incertas. Ele é Deus...

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